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Oscar Roberto Godói

É inaceitável o que vimos na primeira rodada do Brasileirão

Rafael Vaz comemora na vitória do Goiás sobre o Fluminense na primeira rodada do Brasileirão - Thiago Ribeiro/Agif
Rafael Vaz comemora na vitória do Goiás sobre o Fluminense na primeira rodada do Brasileirão Imagem: Thiago Ribeiro/Agif

29/04/2019 14h31

É incompetência ou obediência? Não é possível que seja apenas incompetência da arbitragem ao recorrerem ao VAR e decidirem pelo erro. O que vimos em alguns jogos da primeira rodada do Brasileirão é inaceitável. Tem árbitro que desaprendeu a apitar no campo e, pior, não aprendeu a utilizar a tecnologia corretamente.

O árbitro Dewson Freitas, Fifa da Federação do Pará, mostrou no jogo Fluminense 0 x Goiás 1 tudo o que não deve ser feito pela arbitragem com respaldo do VAR. O Fluminense teve um gol legítimo anulado equivocadamente. O atacante Luciano está impedido, mas não participa ou interfere. Gol legal!

A falta marcada para o Goiás (e que resulta no gol da vitória dos goianos) não existiu. O jogador Everaldo, do Fluminense, toca na bola de maneira legal e a falta não deveria ter sido marcada. Como a jogada aconteceu fora da área, o VAR não foi utilizado. Lamentável!

Sabe-se, de há muito, que para ser integrante do quadro da Fifa não precisa ter competência e sim "QI" (quem indica). Aqui no Brasil, a situação piora mais ainda quando as vagas são criadas ou preenchidas como troca de favores entre dirigentes de Federações e CBF.

O Corinthians teve um pênalti a seu favor não marcado pelo Fifa Wilton Sampaio. Ralf foi puxado nas costas pela camisa e ninguém em campo ou no VAR entendeu como falta, quando o jogo estava 1 a 1. Quem gostou foi o Bahia que venceu o jogo por 3 a 2.

Outro Fifa que errou e interferiu no resultado foi o paranaense Rodolfo Toski. Anulou um gol legítimo de Betão, do Avaí, que seria o empate dos catarinenses contra o Atlético-MG em 2 a 2.

Nem todos os integrantes do quadro internacional são incompetentes ou obedientes. O assistente Rodolfo Figueiredo, do Rio de Janeiro, acertou no impedimento que marcou do atacante gremista Tardelli, no ato, sem recurso do VAR, anulando o gol. O Santos venceu o Grêmio por 2 a 1.

Leonardo Gaciba, o novo comandante da arbitragem brasileira vai ter muito trabalho para corrigir os vícios resultantes de tantos anos de trabalho muito mal feito pelos comandantes anteriores e que ainda continuam nos corredores e salas da CBF.

O técnico Guardiola viveu dois momentos antagônicos em um espaço de tempo muito curto, proporcionados pela tecnologia utilizada no futebol internacional. O Manchester City foi eliminado da Liga dos Campeões pelo acerto do VAR que anulou o gol salvador de Aguero. Já no Campeonato Inglês, seu time ficou bem perto da conquista do título ao ter o gol da vitória contra o Burnley, validado pelo chip na bola.

Será que é só no Brasil que o VAR não funciona?

Oscar Roberto Godói