Prefeitura contrata empresa para reavaliar laudo que interditou Engenhão

A Prefeitura do Rio de Janeiro contratou uma empresa brasileira para reavaliar as condições da estrutura do Engenhão. A NSG Engenharia vai realizar um estudo sobre o laudo da companhia alemã SBP, o qual serviu de base para a interdição do estádio no final de março.

Informações sobre o contrato da NSG com a Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização) foram publicadas na terça-feira no Diário Oficial do Município. Pela “consultoria de avaliação do relatório do estado atual da estrutura da cobertura do Estádio Engenhão”, a empresa vai receber R$ 16 mil.

O UOL Esporte entrou em contato com o engenheiro Nelson Galgoul, responsável pelo estudo da NSG. Ele afirmou que realizou ao menos parte do trabalho pelo qual foi contratado, mas se negou a dar maiores detalhes sobre as condições do Engenhão.

O estádio foi interditado no dia 26 de março pela Prefeitura. De acordo com o laudo da empresa alemã SBP, o Engenhão apresentava sérios problemas em sua cobertura e poderia ruir caso exposto a ventos acima de 63km/h.

A época o prefeito Eduardo Paes pediu um prazo de 2 meses para decidir quais as medidas a serem tomadas com relação ao Engenhão. Até agora nada foi anunciado.

Durante esse período, a Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) soltou um comunicado contestando o estudo da SBP. De acordo com a associação, o estudo alemão tem falhas em sua metodologia e, por isso, não poderia servir como base para a decisão de fechamento do Engenhão.

O prefeito Eduardo Paes chegou a comentar a divulgação do comunicado da Abece. Ele disse que a interdição do Engenhão foi tomada por precaução e que confia no estudo alemão.

Procurado pelo UOL Esporte, a Riourbe não deu detalhes sobre os serviços prestados pela NSG, informando apenas que tudo será divulgado no fim de todas as avaliações.

A empresa municipal também não informou se a contratação do novo estudo foi motivada por contradições entre o laudo alemão e o comunicado da Abece. Além disso, a Riourbe não disse se a consultoria da NSG vai manter o Engenhão interditado por mais tempo.