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VAR repete influência que teve nos jogos de ida e é decisivo na Champions

John Sibley/Reuters
Imagem: John Sibley/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/03/2019 20h11

Enquanto todos olhavam para Mbappé e procuravam por Neymar nas tribunas do Parque dos Príncipes, os dois jogos de hoje nas oitavas de final da Liga dos Campeões foram decididos por um personagem diferente: o árbitro de vídeo.

A história de hoje repete algo que já havia acontecido nos jogos de ida das oitavas, em fevereiro, quando o VAR teve atuação importante nos confrontos entre Atlético de Madri e Juventus, e Schalke 04 x Manchester City.

Antes do que ocorreu aos 44 minutos do segundo tempo, a derrota parcial do PSG se encaminhava para classificar o time francês para as quartas. Mas tudo mudou quando Diogo Dalot chutou para o gol e viu a bola desviar no braço de Kimpembe.

Em instantes que envolveram o Parque dos Príncipes em tensão e expectativa, o árbitro Damir Skomina aguardou a análise do VAR e assinalou o pênalti para o Manchester United. Como Rashford converteu, os ingleses venceram por 3 a 1 e ficaram com a vaga.

De volta a Paris após viver um agitado Carnaval no Brasil, Neymar reclamou muito da decisão da arbitragem. "Isso é uma vergonha. Ainda colocam quatro caras que não entendem de futebol para ficar olhando o lance em câmera lenta", escreveu no Instagram.

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Neymar acompanha eliminação do PSG na Liga dos Campeões
Imagem: REUTERS/Christian Hartmann

"Isso não existe!!! Como o cara [Kimpembe] vai colocar a mão nas costas? Ah, vá para a p... que pariu", completou Neymar, que acompanhou parte do drama na beira do gramado e, desolado, seguiu direto para o vestiário quando ouviu o apito final.

O jogo entre Porto e Roma teve uma resolução diferente, mas igualmente decisiva e com dedo do VAR. No último minuto da prorrogação, o árbitro consultou a tecnologia e definiu que não apitaria pênalti de Marega, do time português, sobre Schick.

O problema maior está no fato de que o VAR já havia interferido em outro lance fundamental da partida. Aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação, o juiz teve ajuda do árbitro de vídeo para assinalar pênalti de Florenzi sobre Fernando.

Se Alex Telles não tivesse tido chance de converter esta penalidade, o jogo teria terminado com vitória do Porto por 2 a 1 e teria seguido para a decisão por pênaltis. No entanto, o terceiro gol dos portugueses selou o triunfo por 3 a 1 e garantiu a classificação.

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