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Festa do título tem funk, mimos para Lucas, Ceni fanfarrão e 'bullying' em Juvenal

Ao redor do presidente Juvenal Juvêncio, jogadores do São Paulo comemoram o título - Junior Lago/UOL
Ao redor do presidente Juvenal Juvêncio, jogadores do São Paulo comemoram o título Imagem: Junior Lago/UOL

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

13/12/2012 08h18

O título do São Paulo na Copa Sul-Americana foi marcado pelas brigas generalizadas com o rival  e pelas polêmicas que interromperam o jogo no intervalo e terminaram na delegacia. Na comemoração, no entanto, os problemas foram esquecidos. Os jogadores se divertiram em uma balada de São Paulo. Até o sério Rogério Ceni abusou do momento fanfarrão e participou do ‘bullying’ ao presidente Juvenal Juvêncio.

A festa na casa noturna Outlaws, que pertence ao cantor sertanejo Luan Santana e fica na região dos Jardins, teve 'open bar' de cerveja e refrigerante, mulheres bonitas e o repertório musical que costuma embalar o som dos boleiros: funk, pagode e sertanejo.

Apesar de caseiro e avesso às comemorações efusivas, o capitão do São Paulo foi um dos protagonistas na celebração. Ele recebeu o troféu das mãos de Juvenal Juvêncio, atuou como um mestre de cerimônias e não perdeu a oportunidade de imitar o mandatário empostando a voz e falando pausadamente.

“As mãos calejadas e os pés descalços”, brincou, em alusão a uma famosa frase do presidente que se refere ao futebol como um esporte democrático.

Com o microfone em mãos, o goleiro exaltou a felicidade de conquistar mais um título e elogiou o elenco tricolor. O ponto alto foi quando puxou o hino do São Paulo e, com as mãos levantadas, pediu que a torcida o acompanhasse. “Vocês estão muito desanimados”, reclamou.

Rogério só não comandou mais o microfone que o presidente. Fã dos discursos longos e efusivos, Juvenal Juvêncio se mostrou bastante animado ao reunir seus atletas no palco pouco depois de 2h desta quinta-feira.

Apesar dos elogios a todo o elenco, acabou deixando seus pupilos impacientes. O discurso foi interrompido pelos jogadores que o rodearam com gritos de ‘é campeão’ e ‘é Juvenal’.

Antes do ‘bullying’, o presidente fez piada com Luis Fabiano e lembrou a bronca que deu após a expulsão do atacante no primeiro jogo da final contra o Tigre, na Argentina. Não hesitou em chamar sua atenção novamente ao perceber que o atacante não prestava atenção em suas palavras no palco. “Oh Luis Fabiano, fica quieto aí”.

“O Luis Fabiano foi lá na Argentina, irreverente como sempre, não agrediu o portenho e foi expulso. Ele me telefonou e perguntou  ‘o que eu vou fazer?’ Eu falei: Você vai sorrir, ser solidário com seus companheiros, não vai participar do jogo e vai ficar de castigo”, finalizou.

Mas nem Rogério Ceni, nem Luis Fabiano, nem Juvenal foram os protagonistas da noite. A estrela era Lucas. O meia teve uma noite de gala ao fazer um gol na final da Sul-Americana que marcou sua despedida do São Paulo. A partir de 2013, o meia vai defender o PSG, da França.

O xodó do clube é querido não só pelo seu desempenho em campo, mas acumula elogios da comissão técnica, diretoria e torcida pelo caráter. Na sua festa, teve direito a todos os mimos e atraiu todas as atenções das mulheres.

No palco recebeu uma homenagem que o deixou emocionado. Recebeu outro troféu das mãos de Rogério Ceni na festa, após ter a honra de erguer a taça no gramado com a faixa de capitão. O camisa 1 leu os dizeres:

“Obrigada, Lucas e até breve. O São Paulo Futebol Clube agradece o empenho, a dedicação e, principalmente, o caráter pelo qual você sempre será lembrado com a nossa camisa”, dizia.

Em seguida, Lucas ganhou um pôster com uma foto sua beijando o escudo do São Paulo, além de assistir a um vídeo com momentos de sua carreira e dos jogos de 2012.

“É mais fácil jogar bola do que falar. Não sei falar outra coisa a não ser "muito obrigado". Primeiramente a Deus pela família que ele me deu, pelo dom que me deu e por ter colocado o São Paulo na minha vida. Tudo que eu tenho hoje eu devo ao São Paulo, tudo que eu sou eu devo ao São Paulo. Quem sabe um dia eu possa voltar a vestir essa camisa e conquistar muitos outros títulos”.

O meia segurou as lágrimas e mostrou que se divertiu. Dançou ao som do funk e do sertanejo e, claro, foi o mais assediado pelas meninas que tentavam a todo momento se aproximar.