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Diguinho entra na Justiça contra Sheik por caso de importação de veículos

Diguinho (d) está processando Sheik por ter sido investigado em caso de importação - Arte UOL / Fernando Llano/AP e Dhavid Normando/Photocamera
Diguinho (d) está processando Sheik por ter sido investigado em caso de importação Imagem: Arte UOL / Fernando Llano/AP e Dhavid Normando/Photocamera

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/05/2013 14h31

O volante Diguinho, do Fluminense, está processando o ex-companheiro Emerson Sheik, atualmente no Corinthians, por ter sido ligado a um caso de importação irregular de veículos. A notícia foi divulgada inicialmente pelo site da ESPN Brasil e confirmada pela assessoria do jogador tricolor. O camisa 8 pede indenização de ao menos R$ 315 mil por danos morais e materiais. 

Diguinho considera que Sheik foi responsável por tê-lo envolvido em processo com "quadrilha internacional, composta por bicheiros e bandidos procurados pela Interpol", quando comprou uma BMW X6 do ex-colega. O veículo teria sido importado ilegalmente e, por isso, foi apreendido pela Polícia Federal. O processo corre na 2ª Vara Cível do Fórum da Barra, no Rio de Janeiro, e foi protocolado em dezembro, mas o atacante corintiano ainda não foi notificado oficialmente, pois o oficial de Justiça em São Paulo ainda não conseguiu entregar o documento de notificação nas mãos do jogador. 

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Os nomes dos dois jogadores surgiram em uma grande ação da PF no ano passado, em investigação que levou quase três anos sobre integrantes de uma máfia de caça-níqueis, que também atuava no contrabando de carros de luxo. A operação era chamada Black Ops. Emerson foi denunciado por contrabando, enquanto Diguinho chegou a ser denunciado, mas teve o nome suspenso do processo, com algumas imposições, por ser réu primário.

O volante não pode se ausentar do Rio por mais de 30 dias sem autorização da Justiça, deve comunicar qualquer alteração de endereço, comparecer em juízo trimestralmente para informar e justificar as suas atividades, bem como aceitar a perda do automóvel BMW e prestar serviços à comunidade por seis meses, por 16 horas por mês. Ambos foram absolvidos do crime de lavagem de dinheiro.

O advogado de Diguinho não quis se pronunciar sobre o caso judicial. Já o advogado que representa Emerson no procedimento que corre no âmbito criminal, Ricardo Cerqueira, embora deixe claro que não defende o corintiano no processo movido por Diguinho, comentou o assunto: "(O processo movido por Diguinho) não me parece cabível. Na verdade, os dois jogadores foram vítimas de uma fraude no negócio com a BMW. Emerson não teve má fé, não envolveu deliberadamente o colega em constrangimento nenhum, não há culpa".

Emerson e Diguinho eram bastante próximos quando o atacante jogava no Fluminense, e inclusive contam com o mesmo estafe de assessoria de imprensa. A relação, porém, ficou abalada por conta da investigação da PF.