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Fluminense evita promessas, mas espera pagar parte dos atrasados até sexta

Marcelo Oliveira ao lado de Pedro Abad; técnico tem de administrar grupo insatisfeito - Lucas Merçon/Fluminense
Marcelo Oliveira ao lado de Pedro Abad; técnico tem de administrar grupo insatisfeito Imagem: Lucas Merçon/Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/11/2018 04h00

Com o barril de pólvora prestes a explodir nas Laranjeiras, a diretoria do Fluminense corre para tentar quitar ao menos parte dos atrasados acumulados com jogadores e funcionários do clube. A cúpula evita fazer novas promessas, mas a expectativa é que os atletas recebam ao menos um vencimento previsto na carteira de trabalho e até outros dois direitos de imagem até sexta-feira (23). No momento, a dívida tricolor com seus colaboradores é de dois meses de CLT e outros cinco em imagem, que representam a parte mais polpuda dos salários.

As pendências extracampo e os resultados dentro das quatro linhas aumentam a temperatura no Fluminense. Após a derrota para o Palmeiras, o diretor de futebol Paulo Angioni foi cobrado por conta dos quatro meses de direitos de imagem e dois de carteira em atraso.

No vestiário do Allianz Parque, o dirigente reuniu o grupo para tentar levantar o astral após mais um tropeço, mas o atacante Marcos Júnior fez a cobrança diante do elenco, o que fez o clima ficar mais quente. Havia uma expectativa de que parte dos débitos seria quitada antes do jogo em São Paulo, mas os jogadores não viram o dinheiro cair em suas contas. Para esfriar a temperatura, o presidente Pedro Abad organizou uma "vaquinha" para arrecadar um bicho que seria pago em caso de vitória contra o Ceará.

Após o empate sem gols diante do Alvinegro, os jogadores ficaram indignados com os gritos de "time sem vergonha" vindos da arquibancada. Depois da partida, dois torcedores foram autorizados e entraram no vestiário do Maracanã para uma conversa com alguns representantes do elenco.

"Ouvir tudo isso não é fácil, eu nunca tinha passado por isso. A gente tem família, eu sou pai. É uma situação muito difícil", desabafou o atacante Luciano, ao "Sportv".

Com o tropeço em casa, os cariocas pularam para 42 pontos (a cinco do América-MG, clube que abre o Z-4) e caíram para a 13ª colocação do Campeonato Brasileiro. O Flu volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta o Bahia, às 21h, na Fonte Nova.