A prova de rua mais famosa do Brasil encontra similares também em Portugal e Espanha. Em terras lusitanas há pelo menos cinco São Silvestres: Arruda, Porto, Gaya, Olivais e Amadora. Já na Espanha existem ao menos seis: Buitrago, Mostoleña, San Isidro, Getafe, Vicalvareña e Vallecana, que é a mais famosa e tradicional de todas elas - está na 44ª edição - e é disputada nas ruas do bairro de Vallecas, em Madri. Lá, o percurso é mais curto do que o da prova paulistana (10 km) e não há prêmio em dinheiro.
SegurançaSegundo o diretor técnico da São Silvestre, Manuel Garcia Arroyo, haverá uma ambulância a cada quilômetro, mais duas na área de descanso e outra apenas para atender aos atletas de elite. No total, serão 250 profissionais de saúde à disposição da corrida. Durante o percurso, 450 mil copos de água serão distribuídos aos atletas. Pelo segundo ano consecutivo, a disputa teve 20 mil inscritos, sendo 16,8 mil homens (84%) e 3,2 mil mulheres. Até a manhã de hoje, 18.500 chips de cronometragem já haviam sido retirados. De acordo com Arroyo, amanhã não haverá distribuição dos equipamentos.
EstratégiaMaria Zeferina Baldaia, a brasileira melhor colocada no ano passado, já traçou sua estratégia para tentar superar a queniana Nancy Kipron, favorita. "Na largada já vou grudar nela", disse a atleta, campeã em 2001. Apesar da perseguição, Baldaia disse que não gosta de correr à frente do grupo das favoritas. Prefere vir um pouco mais atrás e só disparar quando a primeira colocada desgarrar das demais. "O segredo é correr no bloco. Fico atrás dele até mais ou menos metade da prova." A tática, segundo a corredora, se deve por sua característica, que é de resistência, e não de velocidade.