Mike Krzyzewski começou todas as entrevistas coletivas obrigatórias após as partidas com algum tipo de elogio ao oponente derrotado. Indiretamente, neste domingo, ele deu a senha para entender seu comportamento.
Para Krzyzewski, o “Coach K”, atual campeão universitário dos EUA com Duke, sua missão, quando aceitou comandar a seleção, em 2006, não se resumia a resgatar o prestígio do basquete de seu país em quadra, com resultados. Era necessário, também, reatar laços dos EUA com o resto do mundo, eliminando sinais de arrogância.
“Nosso objetivo é, sempre, ganhar o ouro e ganhar o respeito do mundo sobre a maneira como nos comportamos, sobre a maneira como nos posicionamos. Queremos as duas coisas. Sem uma delas, não me sentirei satisfeito”, disse Krzyzewski.
Após elogiar no sábado o “coração” do time lituano, dizendo que nenhuma outra equipe no Mundial lutou tanto por cada posse de bola, neste domingo, ele enalteceu a “atmosfera” criada pela Turquia em torno do time. “Todas as vezes que eu liguei a TV vi o técnico, os jogadores, em um tom de celebração. Nunca vi um país celebrar tanto seu time. E isso foi muito bonito”.
Seguindo esta mesma linha, “K” disse que ama o “basquete internacional” (como os EUA chamam a disputa entre seleções). “Me tornei um técnico muito melhor depois que comecei a aprender com grandes técnicos que há no basquete internacional. Com os grandes jogadores, com as grandes equipes. O mundo é grande demais, há muitas pessoas boas”, afirmou.
Para ele, essa conquista “teve um sabor especial” devido ao grande número de jovens jogadores –a começar por Durant, eleito o melhor do Mundial, que tem 21 anos. “Essa conquista sem dúvida tem um gosto especial. Esse é a seleção dos EUA que dirigi que praticou a melhor defesa entre todos os outros. Porque eles sabiam que precisavam defender com energia para vencer. O time de Pequim-2008 sabia que podia marcar mais pontos do que qualquer outro. Este reconhecia suas limitações”, disse o técnico.
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