![]() Erika tenta passar pela marcação da Coreia do Sul na estreia do Brasil no Mundial |
A estreia da seleção brasileira no Mundial feminino de basquete da República Tcheca ficou muito abaixo das expectativas. Contra a Coréia do Sul, algoz verde-amarelo nas Olimpíadas de Pequim, há dois anos, o time sentiu falta do entrosamento, errou demais, principalmente no ataque, e perdeu por 61 a 60.
![]() Cestinha do jogo com 15 pontos, Érika para na marcação da Coreia do Sul. Veja mais fotos |
BRASIL 60 Adrianinha (4), Helen (3), Karen (7), Franciele (2), Iziane (4), Sílvia (6), Fernanda Beling (0), Palmira (6), Alessandra (13) e Érika (15). COREIA DO SUL 61 Bo Mi Kim (0), Ji Yoon Kim (4), Summin Jung (13), Yeon Ha Beon (10), Jung Eun Park (7), Young Suk Kang (0), Danbi Kim (13), Kwe Ryong Kim (14) e Jung-Ja Sin (0). |
O lance que marcou o jogo aconteceu a oito segundos do final. Adrianinha tentou um passe para Sílvia, mas as coreanas cortaram a bola e foram para a bandeja, fácil. Com seis segundos para o fim, o Brasil tentou uma jogada com Érika, que levou falta.
Era a última infração sul-coreana antes de mandar o rival para a linha de lance livre. Por isso, o Brasil teve de sair com a bola na linha de fundo. Uma das mais experientes da seleção, Helen tentou uma jogada dentro do garrafão, novamente para Érika. Mais um passe errado, com dois segundos no relógio, decretando a derrota.
"Foi do mesmo jeito nos últimos mundiais, perdendo assim no fim. Não pode acontecer. São 40 minutos de jogo, onde muita coisa acontece. Pagamos caro. Deixamos elas crescerem e em Mundial é assim mesmo. Elas foram felizes nesse final de jogo, ganharam porque mereceram", disse, chorando, a pivô Alessandra, de 37 anos, ao SporTV.
O próximo jogo brasileiro está marcado para sexta-feira, contra o Mali, às 15h15 (com acompanhamento do placar UOL Esporte). O Brasil está no grupo C, ao lado de Coreia do Sul, Mali e Espanha. Até lá, o espanhol Carlos Colinas precisará quebrar a cabeça para entender os problemas brasileiros.
Foi a primeira partida da equipe com a dupla da WNBA, a pivô Erika e a ala Iziane. As duas se apresentaram às vésperas do torneio, pouco treinaram com as companheiras. Com isso, o espanhol usou um quinteto que participou dos amistosos preparatórios: Adrianinha, Karen, Silvia, Fernanda Beling e Alessandra.
A falta de entrosamento (foram 19 bolas desperdiçadas) explica o resultado, mas não foi só isso. Tão sintomático quanto os erros de passe foi a falta de pontaria brasileira. Foram 21 arremessos tentados de 3 pontos. Só três caíram. Nas bolas de dois pontos, o aproveitamento não foi tão ruim, com 45%.
A dupla da WNBA não foi das piores. Iziane, é verdade, não foi bem: Errou arremessos (2 certos em 11 tentativas), passes e terminou com 4 pontos. Érika, dentro do garrafão, foi muito bem. Mesmo reserva, terminou com 15 pontos, cestinha do jogo.
Uma das melhores, pivôs do mundo, ela usou sua força para forçar as jogadas embaixo da cesta. Em conjunto com a falta de inspiração das jogadoras de perímetro, a solução foi usar o garrafão. Além de Érika, Alessandra jogou bem e terminou o jogo como uma das cestinhas da seleção (13 pontos).
Nos dois primeiros quartos, a Coreia dominou o jogo. Com os arremessos de meia e longa distância sempre acertando o aro, o Brasil perdeu os dois primeiros quartos. No primeiro, por três pontos. No segundo, por dois. Após o intervalo, a seleção voltou mais ligada.
No terceiro período, ficou evidente que a solução era usar o garrafão. Com Érika e Alessandra pontuando, Colinas chegou, inclusive, a usar uma formação com as duas gigantes ao mesmo tempo. O time virou o placar, vencendo a parcial por sete pontos.
O último período voltou com os mesmos problemas que o Brasil apresentou nos primeiros dois quartos. Dificuldades para acertar os arremessos, erros de passes e problemas de marcação. A Coreia, no entanto, também errou muito e permitiu que a seleção seguisse dominando o placar até a última cesta, que definiu a vitória asiática.
![]() | MVP do título Mundial em 2006, a ala Penny Taylor não jogou na primeira partida da Austrália na República. Tcheca. Não fez falta. A vitória sobre o Canadá, por 72 a 47, foi das mais tranquilas. As cestinhas das atuais campeãs mundiais foram a ala Lauren Jackson e a armadora Kristi Harrower, com 13 pontos, em uma partida em que nenhuma australiana ficou mais do que 22 minutos em quadra. As duas seleções jogam na sexta, a Austrália enfrenta Belarus e o Canadá, a China. |
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