Fale com UOL Esporte

Envie sua sugestão ou crítica para a redação do UOL

   

Outros canais de comunicação UOL

UOL - O melhor conteúdo
Com carros que tiveram sua grife, Ross Brawn rivaliza com equipes - 19/10/2009 - UOL Esporte - F-1
UOL Esporte Fórmula 1
 
19/10/2009 - 09h05

Com carros que tiveram sua grife, Ross Brawn rivaliza com equipes

Paulo Cobos
Da Folhapress
Em São Paulo
No domingo, ele saboreou o título, tanto no Mundial de Construtores quanto no de Pilotos, com a equipe que leva o seu nome. Só mais uma façanha para quem já virou um mito da F-1. Com carros que tiveram sua grife (e isso sem contar dois títulos da Williams nos anos 80, quando ainda não era o homem principal da equipe na parte técnica), o inglês Ross Brawn, 54, acumulou conquistas, em menos de 20 anos, que rivalizam com a trajetória de, pelo menos, mais de três décadas das equipes grandes da maior categoria do automobilismo.


Com 161 pontos, a Brawn GP garantiu no domingo o título desta temporada. Foi a oitava conquista entre os construtores de carros que levaram a assinatura de Ross Brawn (foram outros seis títulos com a Ferrari e mais um com a Benetton).

Em um hipotético ranking no Mundial de Construtores, Brawn ocuparia a terceira colocação, atrás somente da Ferrari (16) e da Williams (9).
Com as seis vitórias de Jenson Button e as duas de Rubens Barrichello em 2009, carros de equipes que tiveram Brawn no comando acumulam 113 vitórias, o que coloca o inglês novamente em terceiro lugar na comparação com toda a história das equipes na F-1.

Foram até agora 2.300 pontos de carros com a grife Brawn, marca que seria suficiente para colocá-lo em quarto lugar no ranking das escuderias.

A fase estrela do estrategista inglês, engenheiro de formação que chegou a trabalhar com energia nuclear, começou na F-1 em 1992, a primeira temporada em que ele foi o diretor técnico da Benetton.
Lá, iniciou a parceria com o piloto Michael Schumacher, que garantiu ao alemão os seus dois primeiros títulos.

Schumacher foi para a Ferrari em 1996. Sem a companhia de Ross Brawn, o alemão terminou em um modesto terceiro lugar, 38 pontos atrás do campeão, o inglês Damon Hill.

O piloto alemão convenceu a escuderia italiana, então em longo jejum, a trazer seus conhecidos da Benetton, incluindo Brawn, que se tornou diretor técnico da Ferrari.

Pela equipe de Maranello, Brawn ganhou seis Mundiais de Construtores, e Schumacher amealhou outras cinco taças na competição entre os pilotos. "Ross nos trouxe métodos de trabalho, ordem, senso de organização e capacidade tanto dentro quanto fora da pista", disse Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, quando Brawn deixou a equipe, no final de 2006, para o que seria então um longo período sabático.

Brawn, porém, ficou só um ano longe da F-1. Em 2008, assumiu a parte técnica da Honda. Mas os japoneses acabaram deixando a categoria mais badalada do automobilismo. O inglês, então, resolveu virar proprietário da equipe e, logo na primeira chance, faturou o título de equipes e o de pilotos.

"Existiram alguns milagres em nossa trajetória. Não somos um time complemente novo porque tínhamos a infraestrutura da Honda, mas fomos realizando alguns milagres no caminho desde que a Honda anunciou que não ficaria na F-1", declarou Brawn, que, como é de seu costume, comemorou domingo o título de Jenson Button e o Mundial de Construtores de forma contida.

Placar UOL no iPhone

Hospedagem: UOL Host