ORGULHO DA MÃE VIVIANE
A foto acima pode parecer trivial. Mas para uma pessoa, era das mais importantes. Nesta quinta-feira, Viviane Senna, a mãe de Bruno, viu o filho pela primeira vez com o macacão que vai usar em sua estreia na Fórmula 1. "Ficou muito legal, não? Não tinha visto ele assim ainda".
Pressa é palavra corrente na vida de Bruno Senna nas últimas semanas. Em um mês, ele passou de piloto ameaçado a garantido no grid do primeiro GP do ano, no Bahrein. E, na quarta-feira, falou que não tinha certeza se tudo estaria pronto para a corrida.
Nesta quinta-feira, mais uma mudança. Falando do Bahrein, ele disse que a equipe esta trabalhando 24 horas por dia para deixar o carro pronto. “O time tem muita gente nova, mas o carro teve um progresso muito grande. Estou confiante que amanhã (sexta-feira) tudo esteja pronto. Meu carro está praticamente montado”, afirmou.
Na sexta-feira o plano é fazer o “shakedown” do carro, a primeira volta para testar se tudo funciona. Depois, fazer mais testes, verificar desempenho. Sua equipe, a Hispania, é a mais atrasada do grid em 2010. A F-1 tem três estreantes na temporada. A Lótus colocou o carro na pista oito dias e rodou mais de dois mil quilômetros. A Virgin treinou 12 dias, mas fez apenas 1700km.
A confirmação da participação do time espanhol, ex-Campos, aconteceu poucos dias antes do GP do Bahrein. O time foi comprado pelo empresário José Ramon Carabante, trocou de nome e anunciou o piloto indiano Karun Chandhok para a vaga aberta – foi o dinheiro de seus patrocinadores, aliás, que permitiu a presença do time na primeira prova do ano.
“A Fórmula 1 tem condições muito malucas. É claro que não é a condição ideal, mas é o desafio que nos move”, disse Bruno. “Todo mundo está impressionado com o que estamos fazendo. Nos boxes, nos dão parabéns por termos conseguido fazer tanta coisa em tão pouco tempo”.
Sexta-feira 4h-5h30: 1º treino livre 8h-9h30: 2º treino livre |
Sábado 5h-6h: 3º treino livre 8h-9h: treino oficial |
Domingo 9h: GP do Bahrein, 49 voltas |
O discurso já é diferente do de quarta: “Se o carro começar a apresentar muitos problemas, um atrás do outro, é capaz de a gente não conseguir fazer muitas voltas na corrida. Mas a gente acredita. O motor já funcionou, não teve nenhum vazamento ali, então agora o trabalho é finalizar todos os sistemas do carro”.
Apesar do otimismo atual, a realidade deve ser das mais complicadas. “Não dá para negar que a meta é completar. O carro nunca foi para a pista e um carro de f-1 não é como um carro de rua. A equipe teve só oito dias para colocar tudo em ordem e é muita coisa para fazer”.
Além de garantir a presença no grid, Senna anunciou também, nesta quinta-feira, a chegada de um novo patrocinador. Em São Paulo, sua mãe, Viviane, participou de um evento oficializando o patrocínio do Banco Cruzeiro do Sul à equipe. O logo da instituição aparecerá em dois locais no carro do time, no macacão dos dois pilotos e no capacete do brasileiro. Todo o acordo foi fechado em apenas 10 dias.
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