Nome completo | Manoel Rezende de Mattos Cabral |
Posição | Lateral-direito |
Data de nascimento | 26/07/1950 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro - RJ |
Altura | 1,80m |
Peso | 80kg |
Estreia | América-RJ 3 x 0 São Cristóvão-RJ (1970) |
Melhor que a encomenda
Nelinho teve um dom que soube explorar como poucos. O seu pé direito era dono de um torpedo, um canhão que disparava a bola contra o gol adversário a uma grande velocidade e com precisão. Graças a isso, chegou a jogar no exterior, sem contudo obter sucesso.
Sua carreira começou no Futebol Clube do Remo, do Pará, onde ele amargava a reserva até que a sorte bateu em sua porta. O Cruzeiro precisava de um lateral-direito para substituir o bom Pedro Paulo, que havia encerrado a carreira. Foi quando a Raposa voltou sua atenção para o Pará, na busca de Aranha, um lateral que todos diziam estar estourando no Norte.
Durante a transação, porém, o Cruzeiro perdeu a briga para o Atlético. Para não voltar sem ninguém, resolveu trazer Nelinho, reserva de Aranha, que, diziam, batia faltas muito bem. Resultado: De Aranha, ninguém se lembra. Já de Nelinho...
O lateral iniciou, no Cruzeiro, o que mais tarde seria tratado como ala, devido ao constante apoio pelas extremas do campo. Seus passes eram certeiros, principalmente os lançamentos. Nelinho aprimorou a cobrança de faltas. Em 1974, destacou-se no título de vice-campeão brasileiro, marcando um gol contra o Vasco, no Maracanã.
No no ano seguinte, brilhou em outra final, contra o Internacional-RS, de Falcão. Suas ótimas atuações em Minas o levaram à Seleção Brasileira, principalmente graças ao seu maior atributo, o chute forte. Nelinho cobrava faltas de fora da área com a bola fazendo verdadeiros desvios no ar.
Entre os belos gols de sua carreira, sobressai o que marcou contra a Itália, na decisão do terceiro lugar na Copa da Argentina. A bola desenhou uma parábola no ar, antes de beijar a rede adversária, no ângulo direito do excelente Zoff. Envergando a camisa do Cruzeiro, o lateral marcou 103 gols em 7 anos de Toca da Raposa.
Análise técnica
Cabeceio - Não tinha boa impulsão.
Chute
Pé direito - Excepcional. Um verdadeiro canhão, com muito efeito.
Pé esquerdo - Razoável.
Velocidade - No ataque era veloz, porém não tinha o mesmo fôlego para voltar e ajudar no combate.
Habilidade - Fazia bons lançamentos.
Posicionamento - Apoiava muito o ataque, embora deixasse a defesa desguarnecida.
Marcação - Deficiente.
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