História

Um líder natural

Quando Wílson Piazza chegou ao Cruzeiro, com 20 anos, era torcedor do Villa Nova, de Nova Lima. Mas bastaram alguns jogos com a camisa estrelada para que o volante declarasse com todas as letras a nova paixão. Afinal, Piazza passou a ser o grande xerife cruzeirense.

A valentia na marcação era como um espelho do espírito forte. A liderança natural lhe valeu a tarja de capitão durante vários anos. Ele não apenas comandava a equipe no campo, mas era respeitado fora dos gramados também. Afinal, depois de envergar a camisa do Cruzeiro, só vestiu a da Seleção.

Bastava um gesto, uma palavra, e os colegas entendiam o que estava fora de lugar. Piazza no campo era assim, sempre lutando para recuperar o terreno perdido. Sua liderança nunca foi autoritária, pelo contrário.

Foi titular da fantástica formação da Seleção Brasileira tricampeã no Mundial de 70, a melhor equipe de todos os tempos. Chegou a ir à Copa da Alemanha, em 1974, mas não atuou. Após encerrar a carreira, Piazza passou a se dedicar à Associação de Garantia dos Atletas Profissionais.

Análise técnica

Cabeceio - Ruim.

Chute

Pé direito - Não arriscava muito, mas sabia chutar colocado.

Pé esquerdo - Razoável.

Velocidade - Apesar de lento, fazia a ligação entre o meio e o ataque.

Habilidade - Bom domínio de bola, porém tinha dificuldades em fazer lançamentos.

Posicionamento - Ótimo. Era seu grande diferencial.

Marcação - Ótimo. Exímio ladrão de bolas.