É prática comum no futebol brasileiro os técnicos pagarem o pato pelos resultados ruins. E neste início de Campeonato Brasileiro, quando o Botafogo soma míseros três pontos em quatro rodadas e ainda não conheceu o gosto da vitória na competição, Ney Franco pode estar se sentindo ameaçado às vésperas de um clássico importante com o Fluminense, domingo, no Maracanã.
Mas engana-se quem pensa que o técnico tem esquentado a cabeça com uma possível demissão. Pelo menos por fora, o comandante alvinegro assegura que tem consciência de que o seu trabalho tem sido muito bem realizado em General Severiano. No entanto, mesmo depois de 11 meses de clube, sabe-se que nos bastidores já existe uma corrente favorável à saída do técnico.
"Sendo racional, o trabalho é bem desenvolvido. Não posso deitar na cama do Carioca, mas quando o Michael puder estrear, vai resolver muitos dos nossos problemas. Além da expectativa de apresentar um reforço para a semana. Uma troca de comando acarretará no risco de o Botafogo viver um ano tumultuado, com um novo técnico a cada três meses. Mas não posso legislar em causa própria. Deixo a diretoria à vontade", disse Ney Franco, que deixou claro qual é o seu objetivo.
"Pretendo cumprir o meu compromisso com o clube até o final do ano. Temos de apostar no trabalho de toda a comissão técnica. Em 2008, peguei o clube em 16º lugar e chegamos a figurar entre os quatro primeiros. Caímos de produção por causa de outros problemas", relembrou.