De líder isolado com cinco pontos de vantagem sobre os rivais, o Palmeiras despencou para o quarto lugar do Campeonato Brasileiro e passou a ter a vaga na Copa Libertadores da América em risco. Parte da torcida, após a derrota para o Grêmio, esboçou protestos contra o time. Mas, para o jogo de domingo contra o Atlético-MG, o time de Muricy Ramalho está tranquilo.

Ao menos essa é a garantia do lateral-direito Figueroa, confiante com a possibilidade de a equipe não sofrer com a iminente pressão das arquibancadas na penúltima rodada da competição e relizar um bom desempenho no duelo, que pode garantir matematicamente o clube na próxima Libertadores e mantê-lo com chances de título.

"Teremos muita pressão e a torcida estará nervosa, mas somos profissionais e temos que lidar com as situações da melhor forma possível", apontou Figueroa. "Não adianta jogar como a torcida quer. Temos que nos impor, atuar com tranquilidade e sem desespero, da maneira como estamos acostumados em nosso estádio. E, a partir daí, tentar obter o resultado que nos asseguraria pelo menos na Libertadores", emendou.

Com 59 pontos ganhos, o Palmeiras precisa vencer o Atlético-MG, quinto com 56, e torcer para o Cruzeiro, sexto com a mesma pontuação dos rivais belo-horizontinos, não derrotar o Coritiba no Mineirão.

Contudo, entre outubro e novembro, o time dirigido por Muricy Ramalho acumulou três tropeços em quatro partidas no Parque Antártica: empatou com Avaí e Sport, perdeu para o Flamengo e derrotou apenas o Goiás - em 29 de outubro, há quase um mês - como mandante, o time também empatou por 2 a 2 com o arquirrival Corinthians, em Presidente Prudente.

Para lotar o estádio contra o Atlético-MG, a diretoria palmeirense resolveu baixar o preço dos ingressos - as arquibancadas, que antes custavam R$ 40, por exemplo, no domingo valerão R$ 20. Figueroa está ciente da possibilidade de o Parque Antártica ficar apinhado de alviverdes ansiosos, mas, para tranquilizá-los, jurou garra - não uma vitória.

"Jogadores, treinadores e diretores passam pelo clube, mas os torcedores sempre ficam e sei que vão acompanhar este jogo, pois são muito fiéis. Precisamos corresponder. No futebol nunca dá para saber o resultado, mas temos que trabalhar para dar o nosso melhor e brigar enquanto houver chances", discursou.

O chileno, contudo, não se alongou para justificar a má fase do time - que, de um rendimento de 64% no campeonato, conquistou meros 30% dos pontos disputados desde outubro. "Nunca busco explicações. O futebol é assim, estranho, e os times passam por momentos", sintetizou Figueroa, que citou o Fluminense ao exemplificar reações 'inesperadas'.