A segunda ‘era Felipão’’ no Palmeiras começou de mal a pior. E quem mostra isso são os números. Levantamento feito pela reportagem revela que, nos últimos cinco anos, um treinador palmeirense jamais teve início de trabalho tão pífio quanto o de Luiz Felipe Scolari nesta sua volta ao país.
Em seus 13 primeiros jogos à frente do Palmeiras, o treinador conquistou só duas vitórias -um aproveitamento de 38,4% dos pontos. Pouco para um treinador contratado a peso de ouro, sob a condição de salvador e dono do maior salário do país: R$ 700 mil mensais.
Scolari vem dizendo que se preocupa mais com o futuro. Mas o fato é que, desde 2005, todos os seus antecessores, como Muricy, Luxemburgo e Leão, tiveram um arranque melhor quando assumiram o Palmeiras.
‘Minha paciência também tem limite, igual à do torcedor. Mas, como comandante do time, preciso pedir paciência. É claro que ficamos envergonhados quando se perde desse jeito’’, disse Scolari após a derrota de domingo para o Cruzeiro (3 a 2), de virada, no Pacaembu.
O discurso do técnico não foi lá muito otimista. ‘Não podemos criar expectativa. Nossa preocupação é ficar longe da zona de rebaixamento. Em razão dessa inconstância, acho difícil até mesmo brigar pelo G4.’’
A palavra ‘estabilidade’’, por sinal, virou bandeira no discurso dos palmeirenses. Afinal, após o empate emocionante contra o líder Fluminense, no Maracanã, a expectativa era por uma vitória contra o Cruzeiro. Até chegou a abrir 2 a 0 no primeiro tempo, mas permitiu a virada na segunda etapa.
‘Nosso objetivo é manter a estabilidade. Tivemos melhoras, resultados bons, mas às vezes sofremos um apagão durante o jogo’’, disse o zagueiro Fabrício.
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