Não foi só a estrela de Daniel Alves que brilhou nesta quinta-feira. Dunga também teve decisão iluminada na semifinal diante da África do Sul, no Ellis Park, e pôde se gabar da substituição decisiva que fez na seleção. Após a suada vitória por 1 a 0 sobre os anfitriões, o treinador brasileiro ainda culpou o gramado pela lentidão de seu ataque e fez elogios ao compatriota Joel Santana.
Mesmo diante da fraca atuação de seu setor ofensivo, Dunga só mexeu no time aos 36min do segundo tempo. Colocou Daniel Alves no lugar de André Santos e viu o lateral-direito decidir a semifinal seis minutos depois.
"Foi justamente nisso que pensei. Eu precisava de um jogador com velocidade, agressivo naquele setor e especialista na bola parada. Ele treina quase todos os dias e a bola parada seria uma das poucas oportunidades que teríamos. Felizmente a falta aconteceu perto da área e ele foi perfeito", avaliou.
No entanto, nem tudo funcionou para o Brasil. Mais que isso, a seleção encontrou mais dificuldades do que previa. Diante da forte marcação sul-africana, Ramires, Kaká, Robinho e Luís Fabiano pouco criaram e ainda abusaram do individualismo. Os contra-ataques, importantes em outros jogos, não deram certo.
Para Dunga, o campo foi um dos principais obstáculos. "Não tinha como dar velocidade nessa transição da defesa para o ataque. O campo não ajudou, era preciso dar dois ou três toques para dominar a bola", reclamou o treinador.
No domingo, porém, o Brasil irá encarar novamente o gramado do Ellis Park. O estádio de Johanesburgo receberá a final diante dos Estados Unidos às 15h30 (de Brasília) deste domingo.
Mas o campo não foi o único problema apontado por Dunga. Ele fez questão de elogiar o trabalho de Joel Santana à frente da África do Sul. "Além de o Joel ser brasileiro, ele formou uma comissão de brasileiros. Eles tiveram tempo para trabalhar e montar a equipe. Fico feliz de ver um brasileiro fazendo um ótimo trabalho em uma seleção."