Apesar de ter sido apontado como amplo favorito na semifinal da Copa das Confederações, o Brasil sofreu para vencer a África do Sul por 1 a 0 nesta quinta-feira passar para a final do torneio contra os Estados Unidos. O gol da classificação saiu apenas aos 42 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta de Daniel Alves.
Mas a seleção brasileira negou que tenha sido surpreendida pela eficiência da marcação dos sul-africanos, que conseguiram se segurar na maior partida do tempo. "Sabíamos que essa era a proposta deles. No escanteio deles, marcavam o Kaká e o Robinho para evitar nosso contra-ataque. Era um time defensivamente bem postado", disse o auxiliar-técnico Jorginho.
"O pessoal fala, mas o Joel [Santana] não é retranqueiro. Ele monta times com velocidade, que foi o que aconteceu. Ele organizou a equipe, teve paciência, dificultou o nossa partida pelo meio. Tivemos de abrir mais o jogo para melhorar a movimentação", completou o auxiliar do técnico Dunga.
Para Joel Santana, seu time será reconhecido pelo o que fez nessa partida contra o Brasil. "Conseguimos jogar contra a melhor seleção do mundo sem fazer falta, apelar. É um orgulho podermos ser reconhecidos pela imprensa, que viu que nós fizemos uma boa partida e que poderíamos até ter surpreendido", disse o treinador brasileiro.
Kaká também fez questão de destacar a dificuldade que teve para atuar contra os sul-africanos. "Foi complicado, sobre uma marcação individual. No primeiro tempo perdi algumas bolas que deram o contra-ataque para eles, então tive de abrir pelos lados do campo para criar mais no segundo tempo", explicou o jogador do Real Madrid.
"Isso sempre acontece em jogos mais táticos, temos de movimentar de outra forma. Eu tentava puxar a marcação para liberar outros jogadores. Foi tendo conversas como essas com o Robinho e com o Luís Fabiano que melhoramos. O jogo estava difícil e vencemos no detalhe", completou.
A seleção brasileira volta a campo neste domingo, quando enfrenta os Estados Unidos às 15h30 (de Brasília), novamente no estádio Ellis Park, pela decisão do torneio. Os norte-americanos - que na outra semifinal eliminaram a favorita Espanha - já perdeu para o Brasil na primeira fase da Copa das Confederações por 3 a 0.