Felipão foi atingido por um celular quando saia do campo no estádio Serra Dourada

18/11/2010 - 14h51

Palmeiras encaminha protesto para Conmebol e acusa Goiás de abafar o caso

Rodrigo Farah

Em São Paulo

O Palmeiras vai tomar as providências cabíveis contra o Goiás após a confusão da última quarta-feira. Indignado com a agressão ao técnico Luiz Felipe Scolari, a diretoria vai encaminhar um protesto oficial à CBF e à Conmebol por conta do ocorrido. Não só isso, como a cúpula alviverde também acusou o clube esmeraldino de abafar a situação.

“Vamos pegar as imagens da TV e encaminhar à CBF e à Conmebol. Eles precisam ser punidos com o que aconteceu porque o Felipão foi agredido. Jogaram um celular na cabeça dele e isso não pode acontecer. Esperamos que as medidas sejam tomadas”, disse Sérgio do Prado, gerente administrativo do Palmeiras.

Após a vitória por 1 a 0 pela Sul-Americana, Felipão concedia entrevista à TV Bandeirantes na beira do gramado quando foi atingido por um objeto. No momento, o técnico e o repórter identificaram um radinho de pilha. Nesta quinta, Sérgio, que estava ao lado do treinador, disse se tratar de um celular.

Já nos vestiários, Felipão foi entregar o objeto ao árbitro do jogo e, no caminho, acabou se desentendendo com Marcelo Segurado, diretor do Goiás. O episódio só aumentou o atrito entre as partes.

O tenente coronel Guerra, responsável pelo esquema de segurança no estádio Serra Dourada, chegou a dizer que não havia como identificar o autor. Segundo ele, as 16 câmeras de segurança estavam desligadas e, por isso, não flagraram nada. Sérgio do Prado, no entanto, disse que o Palmeiras identificou o agressor.

“A pessoa que jogou o celular não foi presa coisa nenhuma. Eles abafaram o caso e esconderam o que aconteceu. Sumiram com ele, mas já levantamos o nome da pessoa, vamos acionar o nosso departamento jurídico e depois vamos divulgar o nome da pessoa que fez isso”, disse Do Prado, que evitou dar mais detalhes até entrar em contato com os advogados palmeirenses.