Líder das eliminatórias sul-americanas, o desafio da seleção brasileira agora é realizar uma boa apresentação em casa depois de dar show fora. Após golear o Uruguai por 4 a 0 no último sábado em pleno estádio Centenário, em Montevidéu, o adversário será o Paraguai, que deve adotar uma estratégia defensiva no estádio do Arruda.
Para superar a retranca dos rivais, os jogadores brasileiros falam em paciência e trocar passes em busca de um espaço no ataque.
Nas duas últimas vezes que pisou em território nacional com moral, depois de golear fora, a seleção fracassou. Em setembro, venceu o Chile por 3 a 0 em Santiago e empatou com a Bolívia no Rio por 0 a 0. Em outubro, fez 4 a 0 na Venezuela em San Cristóbal e repetiu um 0 a 0 no Rio, dessa vez contra a Colômbia.
"O Brasil não consegue jogar muito rifando a bola, isso foi o que aconteceu lá [em Assunção, contra o Paraguai]. Temos que ter paciência, valorizar bastante a bola e procurar fazer um gol nos primeiros 15 minutos", comentou o atacante Robinho.
Contra Bolívia e Colômbia, a equipe do técnico Dunga adotou a estratégia de tocar a bola. No primeiro caso, foram 461 passes, com um aproveitamento de quase 90% de acerto - confronto em que a seleção mais trocou passes pelas eliminatórias.
Já diante dos uruguaios, no último jogo, a estratégia foi explorar os contra-ataques. O Brasil ficou menos tempo com a bola e trocou apenas 261 passes.
Agora, a iniciativa de sair para o ataque será dos brasileiros, os donos da casa. Por isso, os volantes Gilberto Silva e Felipe Melo e o terceiro homem de meio-campo Elano terão papel fundamental na saída de bola.
"A gente sabe da dificuldade de jogar contra um Paraguai bastante fechado. É importante aproximar e dar uns passes espertos para a rapaziada da frente concluir em gol", observou Felipe Melo.
"É importante ter uma saída rápida, porque pode pegar o Kaká, o Robinho e quem jogar na frente livres. O Paraguai tem uma marcação muito forte, encurta muito o passe, mas estamos preparados para isso", endossou Elano.
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