Durante a Copa das Confederações na África do Sul, o presidente da Fifa Joseph Blatter reforçou a intenção da entidade de criar uma rede de proteção que visa controlar o desenfreado mercado de transferências de jovens jogadores, aqueles abaixo dos 18 anos de idade, que no continente africano tem seu funcionamento mais ativo.
O presidente da Fifa se disse particularmente preocupado com a ação de agentes internacionais e clubes em áreas pobres que tradicionalmente forjam mais jovens talentos, como a África e a América do Sul.
"Já é uma decisão tomada do comitê executivo, aprovada em congresso. Vamos proteger os jovens jogadores de menos de 18 anos. Não existirá transferência para essa faixa etária", declarou Blatter em evento em Johanesburgo na última semana, em espécie de mensagem especial ao futebol da África.
O cartola informou que a entidade trabalha na implementação de um sistema que visa cadastrar e monitorar a vida esportiva de atletas abaixo dos 18 anos e também vigiar a ação de agentes cadastrados no 'universo Fifa'.
"Precisamos que todos esses jogadores estejam registrados, na África, na América do Sul. Precisam ser registramos quando começam a jogar em clubes, com 10, 12 anos. Só os registrados podem ser protegidos. Precisamos evitar o êxodo de jovens jogadores. No futuro, todas as transferências serão transparentes, num sistema de computador disponível no site da Fifa", afirmou.
Blatter ainda revelou que debateu o tema em sua última visita ao Brasil, em encontro com o presidente Lula. O cartola suíço diz ter recebido um pedido de ação do estadista brasileiro.
"Estive no Brasil para tratarmos de coisas sobre a Copa de 2014 e falei sobre esse tema com o presidente Lula, que me pediu: 'Por favor, faça alguma coisa. Pare com o êxodo de jovens do Brasil'", relata.
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