A UEFA desistiu da ameaça de banir o Porto da Liga dos Campeões por envolvimento em um escândalo de suborno e resultados combinados. A decisão, anunciada nesta quinta-feira, garante o lugar dos campeões portugueses na lucrativa fase de grupos da competição européia - e uma renda mínima de 7 milhões de euros (R$ 18,3 milhões) em premiações e cotas de direitos televisivos.
Conhecido em Portugal como o escândalo do Apito Dourado, o caso acompanha o clube português há mais de um ano. Mesmo que por pouco tempo, o Porto chegou a ser excluído da última edição da Liga dos Campeões, mas depois foi absolvido pela comissão de apelação da UEFA e pôde participar do torneio. O clube foi eliminado pelo Manchester United nas quartas de final e faturou 14,5 milhões de euros (R$ 38,1 milhões) em cotas de televisão, premiações, ações de marketing e venda de ingressos.
A comissão disciplinar da UEFA disse não poder excluir o Porto da principal competição européia porque o prazo para tal ação já está expirado. O regulamento da Liga dos Campeões diz que, para participar da disputa, o clube não pode estar envolvido em nenhuma situação suspeita de influenciar o resultado de partidas em um campeonato nacional ou internacional.
Porém, essa regra só se aplica para eventos posteriores a abril de 2007, quando o último estatuto da UEFA passou a fazer efeito. Segundo a declaração da entidade máxima do futebol europeu, a comissão "fechou a investigação, que não consta mais na lista de casos."
Foi o mesmo motivo pelo qual a comissão de apelação liberou a participação do Porto na edição do ano passado. Na época, o presidente da UEFA, Michel Platini, criticou a decisão, dizendo que ela seguia "o que estava escrito, mas não o espírito da lei."
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