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Brasil e Argentina rivalizam até nas estatísticas em busca de vantagem - 01/09/2009 - UOL Esporte - Futebol
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01/09/2009 - 07h01

Brasil e Argentina rivalizam até nas estatísticas em busca de vantagem

Alexandre Sinato
Em Rosario (Argentina)
A rivalidade entre Brasil e Argentina ultrapassa os limites do campo, as provocações e as conquistas de cada seleção. Até os números do confronto viraram tema de disputa. Nos dias que antecedem o encontro entre as equipes, marcado para as 21h30 deste sábado, em Rosario, os anfitriões levantaram uma questão estatística: reivindicam a igualdade histórica do clássico.

Reprodução
Argentinos alegam que três derrotas foram para combinados regionais do Brasil, como é o caso acima, quando enfrentaram mineiros e cariocas
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Insatisfeitos com os dados usados pela seleção brasileira, os argentinos recorreram ao passado para contestar a inclusão de três partidas no histórico do duelo. Coincidência ou não, as três partidas colocadas em dúvida pelos hermanos foram vencidas pelos pentacampeões mundiais.

Para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a seleção enfrentou a Argentina 92 vezes: venceu 36, empatou 23 e perdeu 33. O retrospecto da Associação do Futebol Argentino (AFA) totaliza 89 jogos, com 33 triunfos para cada equipe e as mesmas 23 igualdades.

No último domingo, o jornalista argentino Eduardo Cantaro publicou a justificativa para a versão adotada pela AFA como a correta. Ele argumenta que dois jogos realizados em 1968 e considerados pela CBF como entre seleções, na verdade reuniram combinados regionais do Brasil contra a Argentina.

As duas partidas foram disputadas durante uma excursão dos hermanos pela América do Sul. Segundo Cantaro, a seleção da Argentina enfrentou dois times locais. No Maracanã, dia 7 de agosto, perdeu por 4 a 1 para um combinado do Rio de Janeiro. Quatro dias depois, derrota por 3 a 2, desta vez para um combinado de Minas Gerais, no Mineirão.

No primeiro jogo, o time brasileiro foi comandado por Zagallo. No segundo, três jornalistas se dividiram na função: Lísio Gonzaga, Carlyle Guimarães e Jota Júnior. No entanto, na época, o técnico da seleção era Aymoré Moreira. E em ambos os confrontos nomes como Pelé, Rivellino, Gilmar e Carlos Alberto Torres não atuaram por serem de clubes paulistas.

"É verdade que a seleção principal da Argentina perdeu por 3 a 2 um jogo diante de um combinado estadual dirigido por jornalistas, mas está claro que não era a seleção brasileira", diz o jornalista argentino.

O outro jogo questionado pela AFA e discutido por Cantaro ocorreu em 1923. No dia 2 de dezembro, Brasil e Argentina se enfrentaram no estádio do Sportivo Barracas, em Buenos Aires, com vitória brasileira por 3 a 2.

"Mas na verdade não era a equipe principal da Argentina. No mesmo dia, a verdadeira seleção perdeu por 2 a 0 para o Uruguai no estádio Centenário, em Montevidéu, pela Copa América", comenta Cantaro. "Hoje se pode dizer que as coisas entre os rivais sul-americanos estão empatadas com 33 vitórias para cada um", completa ele.

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