Lionel Messi é ídolo na Argentina, no Barcelona e favorito a número 1 do mundo, mas não é o melhor jogador de sua família. A análise surpreendente é de uma pessoa que acompanha os passos do craque desde os cinco anos: Oscar López é um dos descobridores do atacante e seu fã incondicional. No entanto, assegura que Rodrigo Messi era melhor.
Sete anos mais velho que Lionel, Rodrigo hoje ajuda a cuidar da carreira do irmão. Com a bola nos pés, porém, podia fazer coisas mais impressionantes que o
hermano famoso. Pode parecer exagero, mas Oscar López fala com convicção.
"Para mim, o Rodrigo era melhor, superior ao 'Leo'. No entanto, não tinha uma conduta esportiva adequada, não era tão concentrado. O 'Leo', por sua vez, era diferente: nunca se rendeu às dificuldades, aos problemas que sua família enfrentou e por isso é o jogador que todos conhecemos hoje", argumenta o descobridor.
O próprio Lionel já deixou claro em algumas entrevistas a qualidade do irmão mais velho. Quando perguntado sobre qual jogador o inspirou nos tempos de criança, o craque da seleção argentina elegeu Rodrigo.
Até hoje professor do Grandoli, pequeno time de Rosario onde Lionel deu seus primeiros chutes, López não destaca apenas a determinação do "Messi famoso". Ele se rende também à ousadia que o atacante do Barcelona sempre demonstrou. Segundo o treinador, é um dos últimos exemplares de "caras sujas" do futebol argentino.
"Na Argentina costumamos dizer que um jogador 'cara suja' é aquele que inventa as jogadas na hora, não fica pensando em táticas ou se prende a alguma coisa durante uma partida. Messi não escutava ninguém aqui no Grandoli, simplesmente saía driblando todo mundo. Cansou de fazer gols atravessando todo o campo", recorda.
Acostumado aos tempos românticos do futebol, López faz questão de destacar a personalidade de Messi. "Todo grande craque tem seu lado mesquinho e individualista, é aquele jogador que só passa a bola quando tem certeza que está perto de perdê-la. O Messi é esse mesquinho que faz falta no futebol atual por toda mágica que cria com a bola."
O atacante da seleção argentina conviveu com López dos cinco aos oito anos, tempo que durou sua passagem pelo Grandoli. "Aí veio o Newell's Old Boys e nos roubou Messi", conta o treinador. Ele não esquece, porém, o primeiro jogo do atacante pelo Grandoli, time do bairro La Tablada, na zona sul de Rosario.
"O Messi tinha cinco anos e foi completar o time dos garotos que já tinham seis anos. Como ninguém passava a bola, ele ficou bravo e começou a brincar com as pedrinhas do campo. Mas na primeira vez em que a bola chegou, saiu driblando todo mundo e deixou todos espantados", relata.
Neste fim de semana, Oscar López diz que gostaria de encontrar o craque da seleção argentina para lhe dar um abraço. No entanto, para não incomodá-lo, avisa que nem tentará chegar perto de Messi antes ou depois da partida contra o Brasil, no estádio Gigante de Arroyito, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. "Sei que muitas coisas mudaram e não quero incomodá-lo."
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