As empresas privadas responsáveis pelas obras para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, receberão incentivos para contratar ex-presidiários. A proposta foi firmada nesta terça-feira em acordo entre a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o STF (Supremo Tribunal Federal).
"O futebol é uma porta de entrada de milhões de brasileiros e, com este acordo, também será a porta de saída para ex-detentos que querem se reintegrar à sociedade", disse o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, após formalizar a cooperação técnica com o ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.
A ideia é que a criação de postos de trabalho com as obras de infraestrutura absorvam pessoas com dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, como os ex-presidiários. "Queremos garantir uma efetiva integração do sistema carcerário. É muito importante resgatar a capacidade moral das pessoas e acabar com a discriminação que ainda existe", declarou Mendes.
Texeira destacou que o acordo foi feito para "tentar fazer história e é uma jornada corajosa". O presidente da CBF sustentou ainda que tem "esperança que tenham muitos ex-detentos trabalhando nas obras de 2014".
O Brasil terá 12 sedes do Mundial e, segundo órgãos públicos, a estimativa inicial é que as obras de infraestrutura custem 80 milhões de reais. Esta será a segunda Copa organizada no país, já que a primeira ocorreu em 1950.
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