No último final de semana, os clubes baianos venceram a briga contra o rebaixamento: no sábado, em Pituaçu, o Bahia bateu o Guarani por 2 a 0, no Pituaçu, e escapou da Série C; no dia seguinte foi a vez do Vitória superar o Barueri no Barradão por 2 a 1 e afastar a ameaça de cair para a Série B.
Edson Ruiz/Footpress  Presidentes de Vitória e Bahia unem-se em torno do projeto da Arena Salvador |
Secopa/Divulgação  Secretário Ney Campello diz que o Governo não abre mão da Nova Fonte Nova |
NOVO PROJETO FOI LANÇADO |
Difícil prever em que divisão do Campeonato Brasileiro estarão os rivais em 2013, mas a se tudo correr conforme o planejado, certamente os dois clubes mais populares do Estado estarão desfilando em outros gramados.
O Governo do Estado da Bahia anunciou que não pretende abrir mão do projeto Nova Fonte Nova, de R$ 450 milhões, como o estádio que representará Salvador na Copa de 2014, mesmo depois de a Luso Arenas anunciar a construção de um novo estádio para a dupla Ba-Vi, a Arena Salvador, orçado em R$ 300 milhões.
"Não podemos colocar em risco a condição de Salvador como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 e para isso temos de contar com um projeto estruturado de requalificação de um estádio com capacidade mínima para 42 mil espectadores e que esteja pronto até dezembro de 2012, entre algumas das exigências que atendam ao caderno de encargos da Fifa", declarou o secretário extraordinário para assuntos da Copa de 2014, Ney Campello.
O projeto da Arena Salvador prevê uma praça esportiva com capacidade para 35 mil pessoas, a ser inaugurada em 2013. "Eles não têm sequer um projeto, apenas uma promessa de compra e venda de um terreno. Não estamos torcendo contra, mas também não podemos trabalhar com conjecturas", argumentou o secretário.
Divulgação  Nova Fonte Nova consumirá R$ 450 milhões e ficará pronta em dezembro de 2012 |
Divulgação  Arena Salvador custará R$ 300 milhões e irá funcionar a partir de 2013 |
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Campello admite que na atual conjuntura não há viabilidade para o funcionamento de quatro praças esportivas na capital baiana. E que a única saída para a sobrevivência dos novos projetos seria a aposentadoria do Barradão, estádio inaugurado em 1986, mas com apenas 14 anos de utilização efetiva.
Mesmo destino teria o Estádio Roberto Santos, mais conhecido como Pituaçu. Apesar dos R$ 55 milhões gastos nas obras de reforma e ampliação da praça esportiva, reinaugurada em janeiro deste ano, o Governo do Estado já anunciou que o Pituaçu será destinado apenas a esportes amadores e a jogos escolares assim que a Nova Fonte Nova esteja pronta.
O presidente do Vitória, Alexi Portela, admite que o Barradão deverá deixar de ser utilizado após a inauguração da Arena Salvador. O destino do estádio será decidido pelo Conselho Deliberativo do clube. No entanto, o dirigente se mostra cético em relação à construção da Nova Fonte Nova. "Não existe a menor possibilidade dos dois estádios. Ou é um, ou outro", declarou, sem esconder sua predileção. "É muito mais interessante e lucrativo para o Vitória a Arena Salvador do que a "Nova Fonte Nova", declarou.
Divulgação  Obras de reforma e ampliação do Pituaçu custaram R$ 55 milhões |
Divulgação  Destino do Barradão está nas mãos do Conselho Deliberativo do Vitória |
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Enquanto no modelo de gestão da Nova Fonte Nova Bahia e Vitória seriam apenas usuários do estádio, na Arena Salvador o contrato é de comodato, o que garante a cessão da propriedade aos dois clubes após 30 anos de utilização.
"A principal diferença entre a Arena Salvador e a "Nova Fonte Nova" é que a LusoArenas é uma empresa privada e que visa lucros e o Bahia segue esse caminho e, através dos confortos oferecido pelo novo empreendimento, buscará atrair novos sócios-torcedores para assim conseguir montar um time grande como o Bahia deve ser", acrescentou o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho.
O Termo de Compromisso assinado por Bahia e Vitória com a Luso Arenas cria um embaraço ao projeto da Nova Fonte Nova, já que a viabilidade econômica do projeto estava atrelada à utilização do estádio para jogos de futebol em pelo menos 33 vezes por ano. "Eventualmente poderíamos compartilhar os jogos de Bahia e Vitória com este novo estádio, que ficaria com os jogos de menor porte, já que terá capacidade inferior à Fonte Nova", sugere Ney Campello.
Em meio a toda a confusão criada com a chegada de mais um quarto estádio de futebol em uma cidade com apenas dois clubes com capacidade para lotá-los, o secretário extraordinário para assuntos da Copa não descarta nem mesmo uma parceria com entre Governo e a LusoArenas. "Sexta-feira é o último dia para as empresas interessadas em participar do consórcio da Nova Fonte Nova fazerem o depósito. Quem sabe a LusoArenas não estará entre elas?", indagou.
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