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Em tom irônico, Perrella diz que se Kléber quiser pode voltar ao Cruzeiro - 14/06/2010 - UOL Esporte - Futebol
UOL Esporte Futebol
 
14/06/2010 - 21h45

Em tom irônico, Perrella diz que se Kléber quiser pode voltar ao Cruzeiro

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
  • Em resposta a Kléber, Perrella insistiu em dizer que o atacante pediu para retornar ao Palmeiras

    Em resposta a Kléber, Perrella insistiu em dizer que o atacante pediu para retornar ao Palmeiras

As declarações do atacante Kléber de que não pretendia deixar o Cruzeiro e que ele se recusou a dar uma coletiva de despedida porque a diretoria celeste queria que ele mentisse, dizendo que pediu para ser negociado, foram rebatidas pelo presidente do clube mineiro, Zezé Perrella. Em sua resposta, o mandatário celeste revelou que após a recusa do Gladiador em se transferir para o Porto, no início do ano, exigiu e obteve reajuste.

“Dá até para ficar emocionado com esse discurso. Ele se esqueceu de falar que quando voltou do Porto, naquela venda frustrada, ele praticamente exigiu aumento de 30% do salário dele e eu dei. Minha vontade era tanta do Kléber ir embora que, além de ter perdido o negócio, demos 30% de reajuste para ele”, afirmou Zezé Perrella, em entrevista à Rádio Itatiaia.

O presidente cruzeirense ironizou a fala de Kléber ao dizer que se ele o jogador gosta tanto do Cruzeiro será aceito de volta, aproveitando o fato de o Palmeiras ainda não ter feito o pagamento. “Se o Kléber quiser voltar, já que ele gosta tanto do Cruzeiro, vou recebê-lo muito bem, vou dar a ele um tratamento profissional. Eu não rescindi o contrato dele, se está morrendo de amores pelo Cruzeiro é só dar tchau para o Palmeiras e voltar”, disse.

Zezé Perrella informou que foi procurado pelo empresário de Kléber, Giuseppe Dioguardi, dizendo que o Palmeiras oferecia 3 milhões de euros, e que o jogador não queria continuar, preferindo voltar a São Paulo. “Ele precisa conversar mais com o empresário dele para afinar o discurso”, ironizou.

O mandatário do Cruzeiro contou que o empresário dele, na presença do então diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf, e do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Beluzzo, disse que Kléber queria sair. “Eu disse que a única coisa que eu queria é que se colocasse a verdade, porque ele estava saindo, já que 3 milhões de euros não resolveriam a vida do Cruzeiro”, relatou o dirigente.

“Parece que o Kléber ficou com medo da torcida do cruzeiro, está querendo fazer média com as duas torcidas. Quem falou em São Paulo, que está voltando para o lugar de onde jamais deveria ter saído, foi o Kléber. É mais uma decepção que a gente tem no futebol”, observou o presidente cruzeirense.

Para Zezé Perrella, como Kléber tinha contrato de cinco anos em vigor com o Cruzeiro, só iria embora se quisesse. “Para ir embora tem que rescindir contrato e só rescinde se o atleta quiser. Jogador de futebol só sai se quiser, vai para onde quer, só que a maioria dele quer sair fazendo média com torcida, esse é o grande erro”, afirmou o dirigente. “É só perguntar para o Maluf, o Beluzzo e o empresário dele”, acrescentou.

O mandatário celeste disse que apenas orientou Kléber a falar a verdade na entrevista de despedida. “Para fugir da verdade, ele preferiu se omitir e não deu a entrevista. Vou repetir, se ele está fazendo média com a torcida do Cruzeiro, pode voltar, que será muito bem recebido, vou tratá-lo com muito profissionalismo. O Kléber não foi para o Palmeiras ainda não, não assinei nenhum documento sequer”, ressaltou.

Para Kléber, a proposta do Palmeiras foi boa para todas as partes. Ele negou de forma veemente que em momento algum pediu para sair do Cruzeiro. “Nunca forcei a minha saída, em momento algum pedi para sair. Fiquei quatro anos na Ucrânia e morei longe das minhas filhas”, afirmou o Gladiador, acrescentando que isso nunca foi problema. “Nunca foi motivo para eu ir embora, sempre quis ficar no Cruzeiro, tanto que fui ao Porto e voltei ao Cruzeiro”, acrescentou.

“Sempre quis ficar no Cruzeiro, mas parece que não querem que a gente fique”, afirmou Kléber, lembrando que a cada seis meses apareciam especulações sobre a saída dele do clube. “Não era a gente, nem meu empresário que começa com isso”, observou. “Infelizmente aconteceu, acabei saindo e agora é dar continuidade”, complementou.

O atacante disse que se recusou a dar entrevista porque queriam que ele dissesse que pediu para sair. “Se for para mentir, prefiro sair quieto, sem falar nada do que iludir para a torcida ou mentir para o torcedor que sempre teve carinho muito grande comigo”, destacou.

Kléber disse não ter mágoa ou ressentimento nenhum. “Vou levar o Cruzeiro instituição comigo em um lugar especial do meu coração, como o Palmeiras, são duas equipes que eu tenho carinho enorme e não me vejo jogando por outras equipes, especialmente se forem rivais dessas”, enfatizou.
 

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