02/09/2010 - 11h30

Dirigente russo nega teor racista em faixa com 'banana' para jogador nigeriano

Das agências internacionais

Em Moscou (Rússia)

Torcedores do Lokomotiv Moscow exibiram faixa com 'banana' para o atacante Peter Odemwingie

Alexei Sorokin, chefe da candidatura da Rússia para receber a Copa do Mundo em 2018, negou que o país tenha problema com torcedores racistas. A polêmica voltou à tona há pouco tempo, devido a uma faixa estendida por torcedores do Lokomotiv Moscow.

Nela, a torcida celebrou a saída do atacante nigeriano Peter Odemwingie, negociado com o West Bromwich Albion. “Obrigado, West Brom”, dizia a faixa, que também tinha o desenho de uma banana. O Lokomotiv Moscow escapou de ser multado.

“A Federação Russa não aceita qualquer manifestação de racismo. Sei que a faixa se aplica a um certo jogador e à forma pela qual estava atuando em suas últimas partidas. Aparentemente, os torcedores não estavam felizes pelo fato de ele jogar melhor pela seleção nigeriana do que pelo clube. Por isso, eles mostraram sua satisfação com a saída do atleta e não há nada racial nisto”, afirmou Sorokin.

O dirigente explicou que a faixa não deve ser encarada como uma ofensa. “Se fosse outro jogador, da Rússia, Dinamarca, Noruega ou Japão, a reação poderia ser a mesma. Na Rússia, ‘dar uma banana’ significa ‘falhar em algum teste’. Há cerca de cinco anos, um jogador da seleção russa foi vaiado e recebeu as mesmas faixas”, comentou Sorokin.