Zico durante a sua apresentação como diretor executivo. Problemas seguem após saída do Fla
Em reunião na noite desta terça-feira, o Conselho Fiscal do Flamengo aprovou por unanimidade a instauração do inquérito que apura a extinta parceria do clube rubro-negro com o Centro de Futebol Zico (CFZ). Para o curso da investigação, Zico, ex-diretor de futebol e maior ídolo da história do Flamengo será chamado para depor.
Os conselheiros nomearam Gonçalo Veronese, procurador federal, como o presidente da comissão investigadora. De acordo com o estatuto rubro-negro, o inquérito precisa ser concluído em 60 dias. Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal, explicou a situação.
“A instauração foi aprovada por unanimidade, pois as irregularidades são muito claras. Provavelmente, vamos discutir o que ficou decidido, e o sócio-benemérito Arthur Antunes Coimbra será chamado para depor. A ideia é conseguir isso antes do Natal”, afirmou.
Presidente da comissão, Gonçalo Veronese revelou que André Dumbrosck, filho do ex-presidente Delair Dumbrosck, e que iniciou as denúncias contra Zico em um blog na internet, será o primeiro convidado a prestar esclarecimentos.
"Tudo começou através dele. Vamos chamar as pessoas citadas no inquérito. Na verdade, vamos convidar, pois isso é um clube. O Flamengo não é polícia. O Zico sempre disse que gostaria de esclarecer a situação. Vamos aguardar. Todo o processo correrá em sigilo. Depois, vamos apresentar os resultados", comentou.
Segundo Leonardo Ribeiro, documentos comprovam a intermediação do fundo MFD na contratação do jogador Rafinha, cuja multa rescisória para o exterior foi fixada em R$ 30 milhões. Para os conselheiros, 50% desse valor não podem ser transferidos no futuro para o fundo de investimentos e o CFZ.
Na documentação, o Conselho Fiscal afirma que a negociação foi realizada com o conhecimento de Zico, ex-diretor de futebol do Flamengo e de seu filho Bruno Coimbra, presidente do CFZ.
Na última segunda, Zico disse ao UOL Esporte não ter o que fazer no Conselho Fiscal, e lembrou ter sido aconselhado a não ir ao poder se explicar durante a sua gestão. O Galinho lembrou também que não assinou o contrato de parceria com o CFZ, e chegou ao Flamengo quando o mesmo já existia. Inclusive, segundo ele, não existe qualquer tipo de irregularidade na negociação envolvendo o jogador Rafinha.
* Atualizada às 21h20
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