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'Combates' da Doença de Chagas dividem vestiário com a sub-20 e ganham prêmio - 28/01/2011 - UOL Esporte - Futebol
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Thales Calipo/UOL Esporte

Lucas posa para fotos ao lado dos membros do time 'Chagas', na cidade de Arequipa

28/01/2011 - 06h23

'Combates' da Doença de Chagas dividem vestiário com a sub-20 e ganham prêmio

Thales Calipo
Em Arequipa (Peru)

O Brasil é um país que se declara livre da Doença de Chagas, graças ao trabalho feito para a erradicação do barbeiro, inseto hospedeiro do protozoário responsável pela infecção. No entanto, em Arequipa, cidade que abriga a seleção brasileira sub-20, esse mal é ainda um problema sério de saúde pública e, principalmente, por estar latente em áreas urbanas, fato considerado pouco usual por especialistas.

  • Thales Calipo/UOL Esporte

    Funcionário mostra um exemplar do barbeiro, responsável pela transmissão da Doença de Chagas

  • Thales Calipo/UOL Esporte

    Willian José posa ao lado dos funcionários responsáveis por espalhar veneno contra o inseto

As autoridades de saúde pública peruanas tentam diminuir ao máximo a presença dos barbeiros nos distritos que cercam a cidade que abriga a seleção brasileira sub-20. Porém, mesmo com esse trabalho, os números ainda são alarmantes, já que 90% das ocorrências de Chagas no Peru são, justamente, registradas em Arequipa.

O combate ao inseto transmissor da Doença de Chagas é feito, basicamente, borrifando veneno em todas as casas. Esse trabalho é feito por diversas equipes de Arequipa, mas uma delas acaba se destacando por um motivo incomum: além de formar um time de futebol amador, esse grupo também usa um dos vestiários do CT da seleção sub-20 para trocar de roupa e descansar após mais um dia de trabalho.

A oportunidade de ficar lado a lado com os jogadores brasileiros não poderia passar em branco. Após deixarem os uniformes no vestiário, os membros do “Chagas”, nome do time dos funcionários que ajudam a combater a doença, ignoraram a chuva e ficaram acompanhando o primeiro treinamento da seleção brasileira sub-20 em Arequipa, realizado na última quinta-feira.

“É muito legal ver o time do Brasil treinar no mesmo lugar que nós costumamos jogar nossas partida e ainda trabalhar”, destacou Ronald Paredes, um dos membros da equipe “Chagas”.

Chamados também de “caça-fantasmas” pelas pessoas nas ruas, os membros do “Chagas” mostraram pouco conhecimento, mas muita curiosidade sobre os jogadores da seleção brasileira. A todo instante, perguntas sobre quem era o camisa 10 ou qual o nome de determinado jogador eram feitas aos jornalistas ali presentes.

E, se a batalha contra o barbeiro ainda não foi vencida em Arequipa, e o “Chagas” está longe de ser um time de ponta, esse grupo de trabalhadores pôde voltar para casa com, pelo menos, um prêmio de consolação: todos tiveram a oportunidade de conversar com os jogadores brasileiros e ganharam uma coleção de fotos com os seus novos ídolos.
 

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