![]() Lucas posa para fotos ao lado dos membros do time 'Chagas', na cidade de Arequipa |
O Brasil é um país que se declara livre da Doença de Chagas, graças ao trabalho feito para a erradicação do barbeiro, inseto hospedeiro do protozoário responsável pela infecção. No entanto, em Arequipa, cidade que abriga a seleção brasileira sub-20, esse mal é ainda um problema sério de saúde pública e, principalmente, por estar latente em áreas urbanas, fato considerado pouco usual por especialistas.
Funcionário mostra um exemplar do barbeiro, responsável pela transmissão da Doença de Chagas
Willian José posa ao lado dos funcionários responsáveis por espalhar veneno contra o inseto
As autoridades de saúde pública peruanas tentam diminuir ao máximo a presença dos barbeiros nos distritos que cercam a cidade que abriga a seleção brasileira sub-20. Porém, mesmo com esse trabalho, os números ainda são alarmantes, já que 90% das ocorrências de Chagas no Peru são, justamente, registradas em Arequipa.
O combate ao inseto transmissor da Doença de Chagas é feito, basicamente, borrifando veneno em todas as casas. Esse trabalho é feito por diversas equipes de Arequipa, mas uma delas acaba se destacando por um motivo incomum: além de formar um time de futebol amador, esse grupo também usa um dos vestiários do CT da seleção sub-20 para trocar de roupa e descansar após mais um dia de trabalho.
A oportunidade de ficar lado a lado com os jogadores brasileiros não poderia passar em branco. Após deixarem os uniformes no vestiário, os membros do “Chagas”, nome do time dos funcionários que ajudam a combater a doença, ignoraram a chuva e ficaram acompanhando o primeiro treinamento da seleção brasileira sub-20 em Arequipa, realizado na última quinta-feira.
“É muito legal ver o time do Brasil treinar no mesmo lugar que nós costumamos jogar nossas partida e ainda trabalhar”, destacou Ronald Paredes, um dos membros da equipe “Chagas”.
Chamados também de “caça-fantasmas” pelas pessoas nas ruas, os membros do “Chagas” mostraram pouco conhecimento, mas muita curiosidade sobre os jogadores da seleção brasileira. A todo instante, perguntas sobre quem era o camisa 10 ou qual o nome de determinado jogador eram feitas aos jornalistas ali presentes.
E, se a batalha contra o barbeiro ainda não foi vencida em Arequipa, e o “Chagas” está longe de ser um time de ponta, esse grupo de trabalhadores pôde voltar para casa com, pelo menos, um prêmio de consolação: todos tiveram a oportunidade de conversar com os jogadores brasileiros e ganharam uma coleção de fotos com os seus novos ídolos.
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