O teórico favoritismo da Argentina antes da final da Copa América motivou o desabafo quase ensaiado dos jogadores da seleção brasileira após a vitória por 3 a 0 sobre o rival na decisão em Maracaibo neste domingo. Nas vésperas da final, a comparação entre as trajetórias argentina e brasileira ao longo da Copa América construiu um fácil conceito de favoritismo em torno da equipe de Alfio Basile, que chegou à decisão com campanha de 100% de aproveitamento, em contraste com as dificuldades enfrentadas pelo time de Dunga. No entanto, os comandados do técnico Dunga pouparam os argentinos e afirmaram que todo a idéia de desequilíbrio da decisão sul-americana foi erguido pela imprensa brasileira. "Da parte deles não teve nada. Não devemos nenhuma resposta a eles. Quem exagerou com essa história de favoritismo foi a crítica brasileira", declarou o goleiro Doni, que passou com a meta ilesa na final contra os argentinos. Autor do primeiro gol do Brasil na vitória por 3 a 0, o meia Júlio Baptista engrossou o discurso de mágoa em relação à imprensa do país que acompanhou a seleção na Copa América. "Com certeza faltou respeito por parte da imprensa", declarou o camisa 19. |