O jogo só acontece daqui a dois dias, mas o clima de rivalidade fora de campo entre São Paulo e Grêmio já aquece o duelo do próximo domingo, em Porto Alegre. Tanto que o clube paulista, preocupado com declarações de um dirigente gaúcho, decidiu acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

MURICY DESCARTA VINGANÇA

Eliminado pelo Grêmio nas oitavas-de-final da Copa Libertadores deste ano, o São Paulo nega qualquer sentimento de vingança para o jogo de domingo, no Olímpico. Temendo más interpretações e futuras reações de torcedores, já ciente das últimas declarações cercando o duelo, Muricy Ramalho foi enfático. "Eu nem me lembrava desses jogos [da Libertadores]. Não tem nada de revanche ou vingança, é só futebol", disse o treinador são-paulino.

Diretor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe disse nesta semana que os são-paulinos encontrariam dificuldades em Porto Alegre para o duelo no estádio Olímpico por terem atrasado a documentação do atacante Marcel, que trocou a equipe do Morumbi pelos atuais vice-campeões da Libertadores.

O departamento jurídico do tricolor paulista, então, enviou um documento ao STJD requisitando a presença de um auditor na partida da capital gaúcha para "presenciar o que venha a ocorrer - ou não - durante o evento".

O São Paulo receia que tal "ameaça possa inflamar a torcida local, como já aconteceu anteriormente, e que essa irresponsabilidade prejudique a partida (...) e a integridade física dos atletas".

O oficio enviado ao STJD pelo clube paulista é assinado por Roberto Soares Armelin, advogado tricolor.

A partida entre São Paulo e Grêmio é válida pela 17ª rodada e vale as primeiras colocações do Brasileiro. Enquanto o time de Muricy Ramalho está em segundo lugar com os mesmos 31 pontos do Botafogo, a equipe gaúcha aparece em quinto lugar, com 25.