O brasileiro Luiz Felipe Scolari recebeu apoio total da FPF (Federação Portuguesa de Futebol) nesta segunda-feira, depois de reunião para discutir seu futuro à frente da seleção do país. Além disso, o treinador confirmou pedido para recorrer da suspensão de quatro jogos dada pela Uefa por incidente em jogo das eliminatórias para a Eurocopa-2008.

Acompanhado de seu empresário, Gilmar Veloz, Scolari se reuniu com o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, e outros dirigentes da entidade para debater qual seria seu próximo passo à frente de Portugal. Especulava-se até que o treinador pudesse ser demitido do cargo.

No entanto, a situação foi inversa, e o brasileiro saiu do encontro com apoio da FPF. Scolari ainda confirmou o que já havia adiantado na última semana: ele apresentou um recurso contra a decisão da Comissão de Controle e Disciplina da Uefa, que o puniu com a sua exclusão dos próximos quatro jogos da seleção lusa e pagamento de multa de 20.000 francos suíços (cerca de 12.000 euros ou R$ 31,4 mil).

A informação sobre o recurso do treinador foi dada pelo site oficial da Uefa, que indicou que a audiência sobre a apelação acontecerá no dia 4 de outubro. De acordo com o artigo 56 das regras do órgão, as mesmas partes envolvidas deverão comparecer.

Scolari foi punido por se envolver em confusão com o zagueiro sérvio Dragutinovic ao final do empate por 1 a 1 em duelo pelas eliminatórias da Eurocopa-2008. No momento em que a decisão da Uefa foi comunicada oficialmente, o técnico brasileiro disse que a considerava "excessiva", já indicando que recorreria. O jogador pegou dois jogos de suspensão.

O período de suspensão corresponde justamente à reta final da fase classificatória para a Eurocopa. Por isso, a imprensa européia especulava sobre a demissão do treinador. Os rumores ganharam força na última semana, depois da saída do português José Mourinho do Chelsea, mas foram encerrados com o anúncio do apoio da FPF dado ao brasileiro.

*atualizada às 15h24