Comunicar erro
08/11/2007 - UOL Esporte - Futebol
Por três votos, CPI MSI/Corinthians é arquivada no Congresso

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente ao UOL.

Nome:

E-mail:

Descrição do erro:

   
!
UOL - O melhor conteúdo
Por três votos, CPI MSI/Corinthians é arquivada no Congresso - 08/11/2007 - UOL Esporte - Futebol
UOL Esporte UOL Esporte
UOL BUSCA

08/11/2007 - 15h38

Por três votos, CPI MSI/Corinthians é arquivada no Congresso

Do UOL Esporte
Em São Paulo
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigaria as supostas irregularidades entre as relações da empresa MSI e o Corinthians e outros crimes dentro do futebol brasileiro foi arquivada nesta quinta-feira no Congresso Nacional pela ausência de três votos necessários para a abertura de investigação.

TEIXEIRA VIRA "CULPADO"
Os dois maiores mentores na tentativa de criação da CPI mista que investigaria as irregularidades do futebol brasileiro, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), apontaram um único culpado pelo fracasso da coleta de assinatura na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira: o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira.

"Foi claramente uma pressão muito forte da CBF. Como o Ricardo Teixeira está no comando das decisões da Copa de 2014, ele pôde pressionar os deputados, governadores, prefeitos, que estão esperando a decisão da sede e outros eventos que são relacionados à Copa de 2014: Copa das Confederações e até eliminatórias da Copa de 2010", afirmou o deputado Torres.
LEIA MAIS
COMENTE O ARQUIVAMENTO
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a Confederação Brasileira é uma das culpadas pelo fracasso da tentativa. "A CPI não foi criada em virtude de alguns parlamentares terem se submetido a indevidas pressões de cartolas e de dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)", disse ele à Agência Senado.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por meio do assessor de imprensa, Rodrigo Paiva, afirmou ao UOL Esporte não ter nada a comentar sobre as acusações feita pelos congressistas.

Há quase 10 dias, a CPI mista (Câmara e Senado) foi protocolada no Senado pelos tucanos Álvaro Dias e Sílvio Torres (deputado, SP). Naquela época, dia 30 de outubro, os dois parlamentares tinham a assinatura de 38 senadores e 209 deputados. Para a abertura da CPI são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores.

Nesta quinta-feira, o problema foi o apoio na Câmara. Apenas 168 assinaturas foram registradas. Já no Senado, houve folga e 39 parlamentares apoiaram a abertura da Comissão destinada a investigar denúncias de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e crimes contra a ordem tributária nos clubes de futebol brasileiros.

A repercussão em torno da criação, ou não, da CPI ficou maior depois da Fifa decidir que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014 no dia 29 de outubro. Para alguns congressistas, a investigação poderia "sujar" a imagem brasileira.

Em Zurique, no final do mês de outubro para a eleição da nova sede da Copa, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não demonstrava preocupação com a criação. "A CPI é um instrumento do Congresso Nacional. Se as pessoas acham mesmo que fazer uma CPI resolve as coisas, deixem eles fazerem", comentava.

Na mesma oportunidade, o ministro do Esporte, Orlando Silva Junior, pediu serenidade ao Congresso para avaliar as investigações e também uniu para uma boa organização da Copa.

"A CPI é um instrumento do Parlamento, e não me compete, como membro do Executivo, tecer comentários. Eu creio que temos de trabalhar com serenidade para não deixar nenhuma dúvida sobre o empenho do Brasil", afirmou o ministro.

Hospedagem: UOL Host