O ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib, acompanhou nesta segunda-feira o depoimento do ex-vice-presidente de futebol do clube paulista, Antonio Roque Citadini, no caso de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro envolvendo a parceria MSI/Corinthians.
Dualib disse também não ser o culpado pelo rebaixamento do Corinthians à Segunda Divisão do futebol nacional. "Quando eu saí tinham 63 pontos a serem disputados", declarou o ex-presidente, que credita a queda à Série B à saída do técnico Paulo César Carpegiani. "Não podiam mandar o técnico embora. Ele tinha começado um trabalho, tinha entrado mais de R$ 50 milhões no clube. Com esse dinheiro, ele iria contratar dois jogadores que completariam o elenco. O Carpegiani havia me prometido chegar entre os quatro primeiros no final do campeonato". O ex-dirigente corintiano foi indiciado na última quinta-feira por estelionato e formação de quadrilha, relacionados à emissão de notas frias. Além de Dualib, outras três pessoas (Juraci Benedito, Marcos Mauro e Marcos Roberto Fernandes) também foram indiciadas e uma quinta deverá ser incluída no inquérito. Sobre o caso, o ex-presidente disse nesta segunda-feira desconhecer tais irregularidades. Porém, apesar da negativa de Dualib, o delegado-assistente do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), Maurício Guimarães Soares, afirmou recentemente que uma ata da reunião confirma que o ex-dirigente foi avisado por alguns conselheiros da fraude que acontecia no clube do Parque São Jorge. "Ele afirma que desconhecia que o Corinthians estava sendo lesado, mas existe uma ata de reunião que prova que Dualib estava ciente", afirmou Soares, que declarou que o rombo pode chegar aos R$ 5 milhões. Antonio Roque Citadini começou seu depoimento na Justiça Federal por volta das 13h. A comitiva do conselheiro do Corinthians é acompanhada pelos ex-dirigentes do clube paulista, Paulo Angioni e Renato Duprat, além de Dualib. * Atualizada às 18h46 UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |