O clima nesta segunda-feira na reapresentação do São Paulo no CCT da Barra Funda foi uma mistura de indignação e resignação. Indignação, por parte dos dirigentes, que entraram com um pedido junto à Federação Paulista de Futebol para banir o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho dos próximos jogos do time tricolor. Já os jogadores, apesar de acusarem o erro do árbitro, se mostraram resignados com o empate no clássico. "Eu no lugar dele daria o gol. Minha opinião é essa. Mas já passou, não adianta nada tomar atitudes, precauções, ficar chorando, porque nos temos outro compromisso na quarta contra o Rio Claro", declarou Dagoberto, que foi alvo de um suposto pênalti do zagueiro Chicão, do Corinthians, na partida deste domingo. No lance, Sálvio Spínola entendeu que foi falta de Dagoberto, mas o jogador discorda do árbitro. "Ele entendeu de uma maneira, mas nesse caso a imagem vale mais que mil palavras. Fui proteger a bola e fui chutado no lance", explicou o atacante do São Paulo. Dagoberto, por sua vez, acredita que a falha do árbitro no clássico não deve servir de pressuposto para os jogadores do São Paulo pensarem que sempre vão ser prejudicados pela arbitragem. "Não adianta pensar que isso vai acontecer de novo. Temos de ser inteligentes e separar as coisas". O volante Hernanes - que fez o cruzamento para o gol invalidado de Adriano - tentou não comentar muito sobre o assunto, mas não se privou de afirmar que o São Paulo foi prejudicado no clássico. "Não gosto de falar do árbitro, pois acho que é jogar toda a responsabilidade em uma pessoa só, mas a gente fica frustrado porque foi um lance legítimo [a jogada do gol do Adriano]". Hernanes também questionou a afirmação de Sálvio Spínola nesta segunda, que definiu o lance do gol como 'interpretativo'. "Pelo que eu saiba só existe regra absoluta, não interpretativa". UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |