O veto são-paulino ao árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho não é um fato novo no futebol paulista nem no brasileiro. O clube já disparou contra árbitros outras vezes nas últimas temporadas. Por alguns erros, Carlos Eugênio Simon foi um dos principais alvos recentes dos são-paulinos nos últimos anos, sendo motivo de preocupação sempre que escalado. Era comum no ano passado ouvir membros da diretoria mostrarem precaução em relação ao juiz gaúcho. Mesmo com as críticas sendo veiculadas na imprensa, o árbitro disse que nunca sentiu esse peso no trabalho. "No ano passado eu apitei dois jogos importantes do São Paulo, contra Botafogo e Vasco, matei a pau e não ouvi reclamação nenhuma da minha arbitragem, ao contrário", afirma. "Nunca recebi qualquer informe de veto da comissão de arbitragem. Sempre trabalhei com tranqüilidade", disse o árbitro. Outro juiz que foi bastante perseguido pelo São Paulo no início da década foi Paulo Cesar de Oliveira. Procurado pela reportagem, evitou dar qualquer declaração sobre o assunto, dizendo que era orientação da Fifa. Afirmou também desconhecer qualquer veto ao seu trabalho. No ano passado, o árbitro Wilson Souza Mendonça foi extremamente criticado por Palmeiras e Botafogo devido a erros, levando o clube do Parque Antarctica a pedir um veto 'para sempre' à comissão de arbitragem da CBF. Indagado pela reportagem, ele ficou de responder por e-mail, mas não o fez até as 19h de hoje. Coincidência ou não, Mendonça perdeu sua vaga no quadro da Fifa, em dezembro, após o Brasileiro, Procurado para falar dos vetos a árbitros no Brasileiro, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Correia, instruiu a reportagem a olhar as escalas. "A imprensa sempre diz que o árbitro não é punido, e isso é uma distorção. Eu não dou mais nenhuma explicação a respeito deste assunto", afirmou Correia. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |