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10/02/2008 - UOL Esporte - Futebol
Decisão africana entre Camarões e Egito confronta tradições distintas

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10/02/2008 - 09h19

Decisão africana entre Camarões e Egito confronta tradições distintas

Luís Ferrari
Da Folhapress
Em São Paulo
Mais que um embate pelo título da Copa da África, o duelo deste domingo, entre Egito e Camarões, às 15h, é um choque entre dois modelos distintos de gestão do futebol.

De um lado estão os atuais campeões, os "Faraós", potência no continente, com maior número de conquistas africanas (cinco), mas que não conseguem emplacar no primeiro escalão do futebol internacional - só foram a duas Copas do Mundo (1934 e 1990) e sempre tiveram participação discreta.

Do outro, a seleção de Camarões, responsável por um dos melhores desempenhos africanos em uma Copa (foi às quartas-de-final, em 1990) e cujo destaque é o atacante Samuel Eto'o, uma das estrelas de primeira grandeza do futebol internacional.

Sem grandes astros e com 18 dos 23 atletas da delegação em clubes da liga local - contra 1 no mesmo universo de 23 em Camarões -, o Egito tem a história a seu favor. Tanto no retrospecto recente quanto no mais remoto. Os atuais campeões são responsáveis pela única derrota camaronesa numa decisão da Copa da África.

Os "Leões Indomáveis" já disputaram cinco títulos e só deixaram a final sem a taça em 1986, quando foram vencidos pelos egípcios nos pênaltis. Nesta edição, disputada em Gana, novamente o Egito foi melhor. No jogo de estréia, bateu o rival da final de amanhã por 4 a 2, "com facilidade", conforme definiu o site da Fifa.

O resultado adverso motivou mudanças na equipe camaronesa, que já mandou a campo 20 atletas ao longo do certame. "Não fizemos amistosos antes da competição. A partida inaugural foi meu primeiro teste", afirmou o alemão Otto Pfister, 71, técnico dos "Leões".

Ele atribuiu o sucesso da equipe, 25ª colocada no ranking da Fifa, ao homogêneo elenco. "Tenho um ótimo banco e posso lançar jogadores durante as partidas, pois não há muita diferença entre eles", declarou. Para Pfister a equipe é "mentalmente muito forte".

Tão diferentes no cenário mundial, os oponentes coincidem quando o assunto é o preparo psicológico. "O mais importante é que jogamos em nossas mentes. Antes de mais nada, pensamos sobre o que desejamos realizar nos gramados", disse o auxiliar técnico egípcio Shawky Gharib, que costuma atuar como porta-voz do técnico Hassan Shehata.

Ele destaca que, apesar de haver poucos de seus jogadores em ação na Europa (um na Turquia, um na Inglaterra e outro na Bélgica), os atletas do 35º colocado na lista da Fifa têm interesse no cenário internacional. "Todos os jogadores apreciam o futebol sul-americano. Gostamos do estilo de jogo do Brasil e da Argentina."

Com efeito, sua seleção, ao longo desta edição da Copa da África, apresentou um jogo técnico. Na semifinal contra a Costa do Marfim, por exemplo, trocaram mais de 40 passes no meio-campo, procurando pacientemente uma abertura na retaguarda rival, lembrando equipes montadas pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, atual treinador da África do Sul.

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