Internado há cinco dias no hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, Ronaldo recebeu nesta quarta-feira a visita de quatro jogadores do Paris Saint-Germain.

Três brasileiros - Souza, Ceará e Everton - e um português, Pauleta, permaneceram cerca de meia hora com o jogador no interior do quarto.
Na saída, elogiaram seu bom humor e também o bom andamento do processo de recuperação da cirurgia.

A visita foi organizada por Eric Rolland, um dos três médicos que operou Ronaldo e que é também médico do PSG.

Souza chegou ao hospital levando uma bíblia de presente para o atacante.
"A gente sabe como é difícil ficar sem jogar. Mas o Ronaldo tem a cabeça boa, está bem. A gente vê que uma coisa dessas pode acontecer mesmo com alguém tão experiente", disse o jogador, que fez sua estréia no time francês no último dia 9.

"Eu tinha 15 anos quando vi o Ronaldo ganhar a Copa em 2002. Hoje, com 21, estou aqui na Europa para, quem sabe, chegar a ser 10% do que é o Ronaldo", refletiu Everton.

Para Rolland, "a visita é importante para ele [Ronaldo], mas também é muito importante para os outros [jogadores]. Eles queriam muito ver o Ronaldo, por isso nos organizamos", argumentou o médico, ao justificar a visita.

O atacante deixará o hospital na sexta-feira, no início da tarde. Por enquanto, sua rotina alterna o repouso com sessões de fisioterapia. Nesta quarta à noite o jogador foi submetido à uma ressonância no joelho.

"É o primeiro exame que vai mostrar realmente como está o processo de cicatrização", disse o médico. Os resultados deverão ser divulgados amanhã.

Depois de deixar o hospital, Ronaldo deve permanecer cerca de uma semana no seu apartamento em Paris, seguindo para 15 dias em Milão. Na seqüência, parte para o Brasil, onde fará sua recuperação no Campus R9, no Rio, sob a tutela do fisioterapeuta Bruno Mazziotti.

A medalha que não veio
Ontem, o movimento nos corredores do hospital aumentou na hora do almoço. A imprensa francesa foi avisada de que o ministro do Esportes da França, Bernard Laporte, entregaria a Ronaldo a Medalha de Ouro dos Esportes, oferecida pelo Estado francês.

O assessor do ministro comunicou que as redes de TV poderiam subir e registrar o encontro, mas não pediu autorização à direção do hospital.
A direção informou que Laporte era bem-vindo, mas as câmeras não. Nada de imagens.

Pouco depois, o assessor alegou que o ministro teve "um problema de agenda" e teria que esperar outra oportunidade para entregar a homenagem ao jogador brasileiro.