Os sentimentos de alívio e êxtase se alternavam. A cada palavra de Washington, o atacante relembrava o momento difícil que passou devido ao jejum de gols com a camisa do Fluminense e também a magia de ser o responsável pela classificação do time das Laranjeiras à semifinal da Copa Libertadores da América.
"O jogo acabou tarde e demorei para cair na real. Só quando acordei, tive uma noção completa de tudo. Nem dormi direito, foram momentos raros e maravilhosos. Sabia que aquela seria a minha noite é que algo de bom e mágico iria acontecer", disse. Acompanhado de sua filha, Ana Carolina, de 6 anos, e sua esposa, Andréa Blum, Washington comentou sobre momentos difíceis até a partida contra o São Paulo. O artilheiro relembrou que a reviravolta com a camisa do Fluminense foi impulsionada por alguns momentos especiais. "É essencial termos uma base familiar. Além disso, contamos com um grupo maravilhoso e pude tirar forças. Fui com o Branco (coordenador geral de futebol) na igreja antes da partida e ele me passou um conforto muito grande. Como se não bastasse isso, ainda ganhei um escapulário que me trouxe sorte", disse, emendando outro "combustível especial". "Recebi a carta de um fã e ele me indicou esse filme (Desafiando Gigantes). É uma história de grande superação. Se vocês (jornalistas) puderem acompanhar, vão se certificar de todo o ocorrido na partida tem a ver com este filme", assegurou. Esposa se emociona e filha canta música-tema do craque Pessoas normais, Ana Carolina (filha de Washington) e Andréa Blum (esposa do artilheiro) viveram dia de celebridade nesta quinta-feira. Acostumada com o assédio em cima do marido, a mulher do atacante relembrou momentos delicados na vida do atleta, que sofre de um problema no coração (aparentemente controlado) e diabetes. "Chorei muito após o terceiro gol, pois tanto eu quanto o Washington tivemos de superar muitos obstáculos na vida. Ele é um vencedor e merece tudo de bom. Já briguei com muitas pessoas por causa dele e só nós sabemos o quanto foi difícil estar aqui", disse, às lagrimas. Além de comentar o jejum de gols do marido até a partida contra o São Paulo - o atacante não marcava há oito jogos, Andréa admitiu nem lembrar o sentimento que lhe tomou conta após o gol da classificação do Fluminense. "Ele nunca ficou tanto tempo sem marcar, mas todos deram apoio e ele sabia que os gols sairiam na hora certa. Como ele disse, é uma pessoa iluminada", encerrou. Alheia aos carinhos da mãe, Carol, parecia entender com total clareza o assédio em cima do pai. Ao ser indagada sobre quem seria seu herói na vida, a jovem não titubeou. "Meu herói é o Washington. Ele é o guerreiro tricolor e é também matador", disse, arrancando risadas. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |