Antes mais confiante nas possibilidades de o Coritiba chegar à zona da Libertadores, o técnico Dorival Júnior mostrou-se mais realista, neste domingo, após o empate por 1 a 1 com o Goiás. Depois da partida, o comandante coxa-branca disse que ainda confia na classificação, mas, pela primeira vez, admitiu a hipótese de que o time não alcance o objetivo.
"Eu ainda confio nisso, confio inteiramente na equipe. Mas não podemos criar um fato mentiroso ao nosso torcedor. Lógico que nós vamos lutar pelos melhores resultados, mas tudo isto é um processo. O Coritiba tem que se preocupar em sair forte deste campeonato e acho que isto nós temos alcançado, porque a equipe apresenta um equilíbrio, apresenta uma regularidade", declarou
Segundo o treinador, se não chegar à disputa do torneio da Américas, o time deve, ao menos, conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana, o que, para ele, já será um grande feito.
"Se nós não conseguirmos alcançar esta vaga para Libertadores, que todos falam, falam - mas que uma equipe tem que estar preparada para alcançar - no mínimo, nós sairemos com uma vaga na Copa Sul-Americana. Para uma equipe que até outro dia estava na segunda divisão, disputar um campeonato sul-americano é muito importante. Nossa vontade é brigarmos pelos melhores resultados, mas tudo vai acontecer sem que se queimem etapas", argumentou.
Depois do segundo empate seguido no campeonato, o Coxa não evoluiu na tabela. Permaneceu em oitavo lugar, com 46 pontos, a sete do São Paulo, o quarto colocado, com 53.
Ao comentar o tropeço em casa, Dorival Júnior preferiu ver méritos no adversário a criticar seu próprio time.
"Acho que foi um grande jogo, não jogamos contra uma equipe qualquer, não. O Goiás tem a melhor campanha do segundo turno, é uma equipe altamente qualificada. Foi um jogo muito aberto, nós criamos inúmeras oportunidades e o Goiás teve uma chance no final para fazer o 2 a 1. Foi um jogo franco e acho que o empate acabou sendo um resultado normal", declarou.
Analisando a produção do time, porém, Júnior fez reparos à atuação de alguns jogadores, como ala-direito Marcos Tamandaré. "Faltou um pouco mais de participação do Tamandaré, pela direita. Por que nós só tínhamos a opção das passagens do Ricardinho". criticou.
Ao mesmo tempo, rasgou elogios ao ala-esquerdo Ricardinho, que jogou os últimos quinze minutos no sacrifício, por causa de câimbras.
"Ele foi um jogador fundamental para nós. Ele tinha que marcar o Vítor, que é hoje principal jogador do Goiás, e ele marcou e jogou. Teve uma participação efetiva, jogou até onde deu. Ele foi muito valente, muito vibrante e criou nossas melhores oportunidades", elogiou.
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