Os clubes brasileiros admitem que a crise mundial tem atrapalhado os trabalhos para a captação de novos patrocínios. Inserido neste grupo, o Corinthians, no entanto, traçou uma estratégia para tentar minimizar os efeitos da recessão global e conseguir um vantajoso contrato para a próxima temporada: negociar com multinacionais.
Pela análise do departamento de marketing alvinegro, a alta do valor do dólar frente ao real é o que pode ajudar o clube a conseguir um contrato superior ao firmado com a Medial Saúde este ano, que rendeu aos cofres do clube R$ 16,5 milhões.
"A única coisa favorável que aconteceu com a crise é que, para uma empresa estrangeira, o Corinthians ficou mais barato. Se o real a 1,65 por dólar era muito dinheiro, conseguir R$ 20 milhões com o real a 2,40 é barato. Por isso estamos focando em multinacionais", explicou Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing alvinegro, em entrevista à
Rádio Record.
Segundo o dirigente, o Corinthians mantém negociações neste momento com quatro empresas, sem citar os nomes. O vice-presidente, no entanto, negou que Bradesco e Itaú estejam conversando com o clube alvinegro neste momento.
"Não tenho nenhum banco negociando conosco atualmente. Temos quatro grupos interessados, mas infelizmente um acerto ainda está longe", completou Rosenberg.
A grande aposta da direção alvinegra é que a contratação de Ronaldo ajude o clube a fechar novos patrocínios. Para isso, o marketing corintiano criou projetos para comercializar, além do espaço no peito e nas costas da camisa, cotas para as mangas, calção, e pode aceitar propostas para outras posições do uniforme.
Pelo contrato firmado com Ronaldo, o astro, por meio da R9, sua empresa, também pode prospectar possíveis interessados em patrocinar o Corinthians. Com isso, o atacante tem direito a uma parte do que for arrecadado, variando conforme o tipo de cota vendida.
Na última sexta-feira, durante a apresentação de Ronaldo, membros da diretoria alvinegra projetavam uma valorização de 60% dos contratos com a presença do atacante e comemoravam ainda o início de duas novas conversas com possíveis patrocinadores. No entanto, representante do marketing já admitia também que estava cada vez mais difícil conseguir um contrato de R$ 25 milhões, grande sonho do clube após o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
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