O Corinthians confirmou que realizará sua eleição para escolha dos próximos presidentes e vices-presidentes no dia 14 de fevereiro. O pleito, no entanto, não deve passar de uma formalidade, já que as chances do atual mandatário, Andres Sanchez, não permanecer no cargo pelos próximos três anos são praticamente nulas.
SITUAÇÃO APOSTA EM NOVOS VICES |
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Com a mudança estatutária do Corinthians, apenas dois vice-presidentes poderão ser eleitos, contra três do passado. Além do número, o pleito do dia 14 de fevereiro também não terá nenhum nome que venceu na chapa junto com o mandatário Andres Sanchez.
No lugar de Heleno Maluf, Wilson Bento e Clodomil Orsi, o atual presidente corintiano escolheu Manoel Feliz Cintra Neto e Roberto de Andrade Souza.
Já os dois atuais candidatos oposicionistas, Paulo Garcia e Osmar Stábile, ainda não indicaram oficialmente os nomes que formarão as suas respectivas chapas. |
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Depois da tumultuada gestão de Alberto Dualib, o atual presidente corintiano venceu uma disputa apertada contra Paulo Garcia e Osmar Stábile, em 2007, e teve de amargar o rebaixamento da equipe poucos meses depois e, no ano seguinte, a glória de reconduzir o time à Série A do Brasileiro novamente.
Porém, neste meio tempo, Andres passou a trabalhar nos bastidores para garantir que a próxima eleição tenha uma margem mais ampla dos que os 17 votos que o separaram de Paulo Garcia em 2007. Para isso, o atual mandatário investiu ainda mais na ampliação do seu relacionamento com a principal torcida organizada do clube. Diferentemente do passado, quando o presidente era escolhido pelos conselheiros, desta vez os sócios é que irão decidir.
Se durante o último ano o atual mandatário perdeu o apoio da ex-presidente Marlene Matheus, que abandonou a sua gestão, Andres conseguiu um "cabo-eleitoral" ainda mais eficiente. Pelo menos na opinião dos oposicionistas, a contratação de Ronaldo foi, na verdade, uma grande jogada para prolongar o mandato de Andres até 2012.
Se isso não bastasse, a oposição do Corinthians mostra sinais claros de enfraquecimento. No início da disputa, Paulo Garcia e Osmar Stábile, nomes que surgiram novamente como concorrentes, ensaiaram uma chapa em conjunto para tentar diminuir um pouco o poder o atual mandatário. Marlene Matheus poderia aparecer como outro elemento para fortalecer o grupo.
Porém, a pouco mais de um mês do pleito, a oposição pode sofrer um golpe. Andres e Garcia estariam ensaiando uma aliança, que renderia ao segundo a diretoria de futebol, departamento atualmente comandado por Mário Gobbi Filho, nome que já não goza do mesmo prestígio com o presidente corintiano que no passado.
Com a somatória de todos esses fatores, Andres não parece nem um pouco preocupado com o seu futuro à frente do clube com a segunda maior torcida do país. Em conversas informais, o mandatário parece se "esquecer" da eleição de fevereiro, já falando com empolgação da equipe que pretende montar para 2010, ano em que o Corinthians irá comemorar o seu centenário.
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