No início desta semana, o diário espanhol
Marca publicou denúncias de que o presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, teria manipulado uma reunião do conselho de sócios do time espanhol para que as contas da equipe fossem aprovadas. O mandatário chegou a negar que tivesse feito isso, mas nesta sexta-feira, pressionado por conta deste suposto escândalo, pediu demissão.
A decisão de deixar o comando do clube foi anunciada pelo mandatário nesta sexta-feira em entrevista coletiva. Com isso, o vice Vicente Boluda assuniu a função e prometeu realizar novas eleições "no próximo verão europeu".
Segundo publicou o
Marca, "Calderón infiltrou na reunião um numeroso grupo de falsos membros para ganhar a votação e aprovar as contas do clube no seu último exercício, o orçamento da presente temporada e os componentes da nova junta eleitoral".
Foi o escândalo que acabou culiminando na demissão. Calderón, porém, afirmou que deixa a presidência do clube de "mãos limpas e conciência tranquila".
As contas do Real Madrid foram aprovadas em assembleia polêmica realizada no dia 7 de dezembro, marcada pelos questionamentos em torno da gestão de Calderón. Foram mais de quatro horas de reunião entre cerca de 1.200 sócios.
Na ocasião, o Real anunciou um caixa de 366 milhões de euros (cerca de R$ 1,15 bilhão), com lucro bruto de 52 milhões e 200 milhões em dívidas, antes de apresentar um orçamento de 400 milhões para a atual temporada, com lucro previsto de 53 milhões. As contas foram aprovadas com 603 votos a favor e 442 contra.
Sob o comando e Ramón Calderón, o Real Madrid encerrou a 'era Galactica' e conquistou por duas vezes o Campeonato Espanhol, nas temporadas 2006/07 e 2007/08, além de neste ano ocupar a segunda colocação com 12 pontos a menos que o líder Barcelona. Mas a principal frustração deste mandato foi não ter conseguido voltar a vencer a Liga dos Campeões, título que o clube não conquista desde 2002.
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, também comentou a demissão. Ele disse que "a vida segue" após a renúncia de Ramón Calderón do comando do Real Madrid, embora tenha deixado claro que seu clube "não deseja que ninguém sofra situações desagradáveis".
Atualizada às 15h20, com agências internacionais UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s)