Candidato à vice-presidência pela chapa encabeçada pelo oposicionista Paulo Garcia, Antonio Roque Citadini criticou os trabalhos realizados pelo marketing do Corinthians. Apesar de ser um dos departamentos com maior influência dentro do clube atualmente, o ex-diretor de futebol alvinegro apontou a demora para a captação de um novo patrocínio como um dos piores problemas do time.
"Em 2005, ficamos sem patrocínio por um tempo porque a Pepsi não quis negociar com a MSI, mas depois acertamos com eles. Fora isso, não me lembro de uma situação como essa. Deve ter sido na época em que o futebol ainda era amador", debochou Citadini, que ainda aproveitou para ironizar o atual diretor de marketing do clube, o economista Luis Paulo Rosenberg.
"Existem três maneiras de você perder dinheiro. A primeira é com mulheres, a mais rápida é com cavalos e a mais segura é ouvindo um economista".
No último ano, quando estava na Série B, o Corinthians firmou o maior contrato de patrocínio do país. Por uma temporada, a Medial Saúde pagou R$ 16,5 milhões. A empresa, porém, comunicou ao clube que não renovaria o acordo em julho, de acordo com os oposicionistas, dando tempo necessário para a prospecção de um novo parceiro.
Mesmo sem acordo desde o início do ano, o Corinthians continuou utilizando materiais esportivos com a marca da Medial durante toda a sua pré-temporada, realizada em um spa na cidade de Itu, no interior paulista. Apesar de proporcionar uma visibilidade gratuita ao ex-parceira, a cúpula alvinegra avaliava que não compensaria fazer novas camisas de treino sem nenhum patrocinador, já que um acordo estava próximo de ser fechado.
Sem parceiros na primeira partida do ano, o Corinthians conseguiu fechar três patrocínios de oportunidade para o amistoso com o Estudiantes. Na ocasião, Ford, Vivo e Locaweb estiveram no uniforme alvinegro, sendo que a última permaneceu ainda para os primeiros jogos do Campeonato Paulista.
Enquanto isso o clube tentava manter segredo sobre nomes e valores negociados. Ao
UOL Esporte, no entanto, um dirigente confirmou as conversas com a Caixa Econômica Federal, e a expectativa é que o acordo fosse celebrado ainda em janeiro, mas até agora o Corinthians segue sem um parceiro forte para a temporada e não demonstra a mesma confiança de antes para conseguir um contrato superior a R$ 20 milhões.
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