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Confortável na Turquia, Alex descarta retorno para curtir tempo com família - 27/02/2009 - UOL Esporte - Futebol
UOL Esporte Futebol
 
27/02/2009 - 07h00

Confortável na Turquia, Alex descarta retorno para curtir tempo com família

Felipe Munhoz
Em São Paulo
ALEX DESTACA A BASE DO CORITIBA
Ibrahim Usta/AP
Para ficar mais próximo da família, Alex rechaça qualquer retorno imediato ao Brasil
Revelado pelo Coritiba em 1995, Alex destacou o trabalho da base da equipe paranaense e disse que o palmeirense Keirrison tem a frieza de um veterano dentro da área.

"O Coritiba tem uma base muito forte, revela muitos jogadores. O Zé Roberto do Flamengo foi revelado pelo clube, além do Rafinha (Schalke 04), Adriano (Sevilla), Marcel (Vissel Kobe-JAP) e Miranda (São Paulo). Eu fui um destes que deu certo e consegui dar continuidade depois que saí do clube. O Keirrison fez o mesmo caminho que eu e acho que vai dar certo. Ele faz muitos gols, mesmo com pouco idade, tem a frieza de um veterano", afirmou.

De acordo com o atleta, a base do Coritiba é bem difícil e isso prepara o jogador para atuar em qualquer equipe do mundo.
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Entra ano e sai ano, o meia Alex, do Fenerbahce da Turquia, vira alvo de especulações dos clubes brasileiros quando as janelas de contratações são abertas. No entanto, o jogador disse que está satisfeito no futebol turco e assegura que o lado financeiro e a possibilidade de passar mais tempo ao lado da família, longe de concentrações e viagens, o afasta de qualquer retorno - mas promete encerrar a carreira no Coritiba. Para o ex-palmeirense, esse privilégio familiar pesa mais do que a exposição internacional e a proximidade da seleção brasileira.

"A parte financeira é uma das diferenças entre o futebol brasileiro e o europeu, mas não é a única. O calendário, o ritmo de treino são outras coisas muito diferentes. Hoje em dia, eu coloco a minha família muito mais em primeiro plano, estar perto dela é que faz me manter em um bom nível", declarou o jogador revelado pelo Coritiba para o UOL Esporte.

Alex, 31 anos, está no Fenerbahce há cinco temporadas, desde 2004, quando deixou o Cruzeiro. De lá para cá, foram três títulos: dois campeonatos turcos e uma Supercopa da Turquia. Com o contrato renovado até 2011, o meia rechaça a possibilidade de qualquer transferência nos próximos anos.

"O jogador no Brasil não convive com a família. Um dia você está em Porto Alegre e outro está no Recife. Aqui o ritmo de treino é outro e o de viagem também, é um país menor e consigo ficar mais com a minha esposa e com as minhas filhas. A questão financeira entra, mas não é fundamental. Minha única certeza é que vou fazer meus últimos jogos pelo Coritiba, mas não sei quando e nem como", explicou Alex.

O ex-palmeirense coleciona 14 títulos na carreira, sendo três com a seleção brasileira (Pré-Olímpico de 2000 e as Copas América de 1999 e de 2004). No entanto, depois de ficar de fora da Copa do Mundo de 2002, quando o time era comandado por Luiz Felipe Scolari, Alex disse que tirou o foco da camisa amarela.

"LIBERTADORES É MAIS DIFÍCIL"
Arquivo/Folha Imagem
A Copa Libertadores é um dos principais títulos da carreira do meia do Fenerbahce
O jogador da equipe turca tem na carreira o título da Copa Libertadores de 1999 com o Palmeiras e também já chegou entre os oito melhores da Liga dos Campeões da Europa. A experiência nos dois torneios o dá crédito para opinar sobre a sequência dos brasileiros na competição sul-americana.

"Eu acho que o São Paulo é o time que sai na frente porque está jogando mais tempo junto e tem jogadores mais experientes. O Palmeiras tem qualidade, mas é um time jovem e isso pode fazer diferença, assim como o Cruzeiro", opinou.

Para o atleta, a grande diferença da competição sul-americana para a europeia está fora das quatro linhas. "A diferença é que na Europa tudo se resolve dentro de campo, ninguém te xinga, não tem interferência da arbitragem, ganham as equipes que tem melhor qualidade. Já na Libertadores, o extracampo fala muito alto: a viagem, o hotel, o clima, a altitude. Você pode ir para a região do Atacama, no Chile, onde você joga na altitude e o campo é do lado de uma fábrica de carvão", disse.
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"Não tenho magoa nenhuma de 2002, mas naquela época eu vivia seleção brasileira 24h por dia. Eu sabia os jogadores que disputavam posição comigo, sabia quando a seleção ia jogar, os adversários, me dedicava bastante. Depois de 2002, não penso muito em seleção. Estou satisfeito com as participações que eu tive. Com Dunga, não tive nenhuma oportunidade, mas se for chamado agora, eu vou, jogo o meu futebol e é isso", afirmou o camisa 20 do time turco, que diz se sentir com qualidade para integrar o grupo atual do Brasil.

Apesar de ter ficado entre os oitos finalistas da Liga dos Campeões na temporada passada, quando o brasileiro Zico ainda treinava o Fernerbahce, o futebol turco deixou para trás a boa fase que teve seu ápice na Copa de 2002, quando a seleção local terminou na terceira colocação. Nesta edição da competição, por exemplo, o time foi eliminado logo na fase de grupos, quando ficou na última colocação, com dois pontos em seis confrontos.

"O período de transição foi muito complicado, neste tempo aconteceu a primeira fase do Campeonato Turco e a Champions [Liga dos Campeões]. É um período muito curto e fomos muito abaixo do esperado", destacou o atleta que soma 108 gols com a camisa da equipe turca, que trocou o técnico Zico pelo espanhol Luis Aragonés.

Além de Alex, o Fenerbahce conta ainda com os brasileiros Deivid, Edu Dracena e Roberto Carlos. Quem também faz parte do elenco é o uruguaio Lugano, ex-São Paulo. "A gente é muito badalado porque a exposição é muito grande, todo mundo conhece todos os jogadores do Fenerbahce, do Galatasaray e do Besiktas, mas dá para sair sem problemas. O fanatismo é muito grande, mas é só sair com paciência para atender todo mundo. O Roberto Carlos deve ter sofrido um pouco no início, a gente dá todo apoio para ele, mas agora a gente vê que ele se sente bem, se sente adaptado", lembrou o meia.

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