O Corinthians não conseguiu superar os R$ 20 milhões almejados anteriormente, mas oficializou em clima de festa o acordo de R$ 18 milhões acertado com a Batavo por seu principal patrocínio da temporada. Com direito à presença "relâmpago" de Ronaldo, clube e empresa apresentaram a nova camisa e explicaram os detalhes do contrato.

Para estampar sua marca no peito e nas costas da camisa até a Copa São Paulo de juniores de 2010, a Batavo desembolsará R$ 16,5 milhões. O R$ 1,5 milhão restante será pago ao Corinthians por meio de ações de marketing. "Temos o maior acordo do futebol brasileiro", bradou o presidente Andres Sanchez, antes de negar frustração por não superar os R$ 20 milhões previstos e os R$ 30 milhões sonhados.

"Em qualquer negociação é assim: você pede o maior valor possível e a empresa tenta pagar o mínimo possível. Oficialmente, o Corinthians nunca disse que esperava R$ 30 milhões, falamos apenas em R$ 20 milhões, que foi o colocado no orçamento. E chegamos nesse valor somando os patrocínios temporários que fizemos neste ano", argumentou o dirigente.

Já José Antônio do Prado Fay, presidente da Perdigão (empresa que possui a marca Batavo), negou que a presença de Ronaldo tenha sido o diferencial no interesse da empresa. Ele fez seguidos elogios ao atacante, mas preferiu ressaltar o nome do Corinthians.

"Claro que o Ronaldo tem uma importância indiscutível, mas o peso do Corinthians é muito maior que o do Ronaldo, apesar de toda admiração que temos por ele. É ótimo ter as duas marcas juntas", disse Fay.

O atacante, inclusive, foi um dos "garotos propaganda" da apresentação do uniforme com o logotipo da empresa. No entanto, assim como André Santos e Dentinho, não vestiu a nova camisa: apenas a segurou por alguns instantes, posou para fotos e foi embora. "Domingo, vou vestir a camisa no domingo", explicou rapidamente.

Como ocorre desde que foi contratado, Ronaldo foi o principal tema das perguntas feitas no evento. E Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing alvinegro, voltou a ressaltar que a contratação do atacante foi feita principalmente pelo aspecto esportivo, e não como jogada de marketing. Para isso, usou uma frase forte.

"Que jogada de marketing? Vou comprar um gordo inútil para fazer marketing? Quem comprou o Ronaldo foi o Mano [Menezes], o Mário [Gobbi, diretor de futebol]. Pelo menos essa lenda permaneceu só até aquele gol de cabeça contra o Palmeiras", falou Rosenberg.