O debate em torno da cessão do Pacaembu ao Corinthians chegará aos vereadores de São Paulo. Na semana passada foi criada uma comissão especial na Câmara para discutir o assunto. Os legisladores pretendem intensificar as conversas em torno do assunto e, além disso, irão aguardar uma proposta oficial do Corinthians para reforma do local.
ENTREVISTA DE COSME RÍMOLI |
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 | Kassab: "Não há nem plano de arrendar o Pacaembu ao Corinthians" |
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A comissão é presidida por Dalton Silvano (PSDB) e tem como relator Antonio Goulart (PMDB). Além disso, os trabalhos contam com o suporte de Walter Feldman, secretário municipal de Esportes de São Paulo, e um dos grandes entusiastas em torno do debate sobre o assunto.
"O Luis Paulo [Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians] me disse que vai entregar o projeto de reforma do Pacaembu aos vereadores nos próximos dez dias. Paralelamente, vamos realizar audiências públicas e aprofundar a discussão em torno deste assunto", explicou Feldman, acrescentando que as obras poderiam custar até R$ 200 milhões.
Ainda de acordo com o secretário, se o Corinthians realmente confirmar a intenção de ficar com o Pacaembu, isso acontecerá apenas se a população aprovar. Para isso, deverá ser feita uma pesquisa formal de opinião para avaliar a aceitação desta ideia. No momento, os principais opositores são, justamente, os vizinhos do estádio, que temem a piora no trânsito local e a generalização de tumultos nas portas de suas casas.
Caso o Corinthians não decida assumir o Pacaembu, estádio que no primeiro trimestre deste ano teve um déficit de R$ 200 mil, o clube poderá continuar pagando apenas a locação para usar o local. O grande temor da prefeitura, no entanto, é se o time alvinegro conseguir viabilizar outro sonho seu, o de construir uma arena própria.
Nas palavras do secretário de Esportes, a falta da receita gerada com o aluguel pago pelo Corinthians para disputar seus jogos pode complicar a sustentabilidade do estádio. Além disso, o Pacaembu viraria praticamente um "elefante branco" em uma área nobre da capital paulista.
Até por isso, Feldman mantém o sonho de ver o Pacaembu na Copa do Mundo de 2014. Como a possibilidade de o estádio da prefeitura substituir o Morumbi como a indicação de São Paulo é quase nula, o secretário reforça o discurso de que a cidade pode contar com duas arenas no Mundial, chance esta também remota.
"No começo das conversas, o Ricardo [Teixeira, presidente da CBF] falava na possibilidade de São Paulo ter um segundo estádio na Copa. Hoje isso é muito difícil, mas eu mantenho essa esperança", completou Feldman.
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