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Brasileiras fazem melhor Mundial desde 2003, mas não escondem decepção - 29/08/2009 - UOL Esporte - Judô
UOL Esporte Lutas
 
29/08/2009 - 10h13

Brasileiras fazem melhor Mundial desde 2003, mas não escondem decepção

Bruno Doro
Em Roterdã (Holanda)
"O que a gente gosta é de medalha no peito". A frase da técnica Rosicléia Campos é marcante. Em Roterdã, na Holanda, o time feminino brasileiro fez seu melhor Mundial desde 2003, quando Edinanci Silva foi bronze em Osaka. Mesmo assim, os dois quinto lugares, de Sarah Menezes e Rafaela Silva, ainda chegam com um gosto amargo.

"Eu sei que, para o momento desse time, esse resultado é muito bom. Começar o ciclo olímpico com um time tão jovem e já chegar a dois quintos lugares, é muito bom. Nossa atleta mais experiente é a Danielli Yuri, que tem 25 anos", diz a treinadora. "Mas o que fica é o pódio. Nós brasileiros gostamos é de medalha", completa.

As duas estrelas da seleção na Holanda personificam esse sentimento. Sarah Menezes, ligeiro (48kg) tem 19 anos. Rafaela Silva, leve (57kg), acaba de fazer 17. As duas são campeãs mundiais júnior e ainda tem mais um Mundial de menores pela frente. Judocas promissoras que devem chegar às Olimpíadas de Londres, em 2012, competindo em muito alto nível.

O restante do time não foi tão longe. Érika Miranda (meio-leve, 52kg), outra aposta da comissão técnica, terminou eliminada em sua segunda luta - ao perder para a cubana Yanet Bermoy, que seria vice-campeã. Mais experiente do time, Danielli Yuri (meio-leve, 63kg) caiu na primeira rodada.

Neste sábado, Maria Portela, de 21 anos, perdeu na segunda rodada, após vencer em sua estreia a norte-coreana Jong Hui Hyon, vice-campeã asiática. Sua derrota foi para a eslovena Rasa Sarka. "Faltou experiência. A Rose falou que eu tinha de impor a minha pegada, mas deixei que ela fizesse o contato primeiro", explicou a judoca gaúcha.

Para evitar novas derrotas assim, segundo Rose, a solução é intensificar ainda mais o intercâmbio. "Temos de sair. Temos de ver, e aprender a usar, a velocidade das japonesas, a força das europeias. E isso só vem com o tempo, com treinamentos ao lado das potências. E temos de sair com mais meninas. Não adianta levar apenas sete (uma para cada peso), temos de levar duas, três de cada categoria".

A grande preocupação da treinadora é com a categoria até 78kg, em que nenhuma brasileira disputou o Mundial. "Precisamos pensar com calma e fazer um trabalho longo. Podemos formar uma atleta para ser competitiva em 2012, mas a realidade é que, se quisemos pensar em medalha, temos de pensar para 2016 e formar uma geração para duas Olimpíadas".

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