Em quatro dias do Mundial de Roterdã, até agora, a campanha do Brasil é decepcionante. Após três medalhas de ouro e uma de bronze no Mundial do Rio de Janeiro, em 2007, os judocas verde-amarelo não subiram ao pódio nenhuma vez até agora na Holanda.
DESEMPENHO DO BRASIL EM MUNDIAIS DE JUDÔ |
---|
2007 - 3 ouros, 0 prata, 1 bronze, 1 quinto, 0 sétimo |
---|
2005 - 1 ouro, 0 prata, 1 bronze, 0 quinto, 1 sétimo |
---|
2003 - 0 ouro, 0 prata, 3 bronzes, 2 quintos, 1 sétimo |
---|
2001 - 0 ouro, 0 prata, 0 bronze, 2 quintos, 3 sétimos |
---|
1999 - 0 ouro, 0 prata, 1 bronze, 2 quintos, 0 sétimos |
---|
1997 - 0 ouro, 1 prata, 2 bronzes, 0 quintos, 3 sétimos |
---|
1995 - 0 ouro, 0 prata, 1 bronze, 2 quintos, 2 sétimos |
---|
1993 - 0 ouro, 1 prata, 1 bronze, 0 quinto, 0 sétimo |
---|
1991 - 0 ouro, 0 prata, 0 bronze, 1 quinto, 0 sétimo |
---|
1989 - 0 ouro, 0 prata, 0 bronze, 0 quinto, 0 sétimo |
---|
1987 - 0 ouro, 0 prata, 1 bronze, 1 quinto, 1 sétimo |
---|
* Antes de 1987, os Mundiais eram só masculinos |
---|
|
TIAGO CAMILO DECEPCIONA COM DERROTA NA ESTREIA |
SELEÇÃO COMPETE ENTRE VÍDEOS E ESTATÍSTICAS |
COLOMBIANA GANHA PRIMEIRO OURO DAS AMÉRICAS |
A última vez que o país deixou um Mundial sem ir ao pódio foi em 2001. No Campeonato de Munique, os brasileiros fizeram apenas dois quintos lugares (Daniel Hernandes e Priscila Marques) e três sétimos (Tânia Ferreira, Vânia Ishii e Flávio Honorato). Pior campanha, porém, aconteceu em 1991: só um quinto lugar, com Daniel Dell'Aquilla.
Até agora, na Holanda, foram apenas dois quinto lugares, com Sarah Menezes (ligeiro, 48kg) e Rafaela Silva (leve, 57kg). No último dia do Mundial, pelo menos, as esperanças não são pequenas - literalmente.
Luciano Corrêa, gigante de 1,90m, chega à competição para defender o título dos meio-pesados (100kg) de 2007 e a liderança do ranking da Federação Internacional, adotado neste ano.
Para isso, ele foi finalista em dois Grand Slams, os torneios que mais pontos contam para o ranking: foi vice-campeão em Moscou, na Rússia, e no Rio de Janeiro. "Não tem pressão. É positivo. Fiz um bom inicio de ano e espero concretizar essa temporada com um bom resultado aqui também", disse o judoca, que estreia contra o grego Dyonisios Iliadis.
O outro trunfo é Daniel Hernandes, 1,90m e cerca de 130kg. Lutando entre os pesados (+100kg), ele espera finalmente subir ao pódio. Em seus quatro Mundiais anteriores, terminou quatro vezes em quinto lugar, perdendo a decisão da medalha de bronze.
"Espero esse ano mudar isso. Tiveram alguns Mundiais em que estava muito bem. Em 2001 e 2003 perdi lutas ganhas na semifinal. Naquela época, faltou um pouco de experiência. Hoje, em meu quinto Mundial, acho que só preciso não errar o que eu errei no passado", analisa Daniel, que estreia contra outro grego, Vassileios Iliadis.
O pesado, inclusive, chega a Roterdã com o maior título da temporada do judô brasileiro. Ele foi campeão do Grand Slam do Rio de Janeiro, vencendo campeões mundiais, como o japonês Yasuyuke Muneta e o russo Alexander MiKhaylin - ambos estarão competindo na Holanda.
A outra brasileira que luta no último dia do Mundial é Rochele Nunes, que enfrenta a vencedora da luta entre a cubana Idalis Boucurt e da tunisiana Nihel Chikhrouhou.